segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sobre política e crises

O que política e crises tem em comum?
Tudo.
Muitos dos problemas que podem desencadear uma crise de grandes proporções, seja ela energética, hídrica ou econômica são fruto da má gestão dos "representantes" do povo nas esferas federal, estadual e municipal.
A questão energética, por exemplo, é tão séria que muitas empresas que gostariam de se instalar no país não o fazem por não ter garantias de que haverá um suprimento de eletricidade em quantidade suficiente e com a confiabilidade adequada. Faltam investimentos governamentais tanto na geração quanto na distribuição de energia. Apagões tem sido comuns nos últimos anos, e só um milagre explica o fato de que neste verão (um dos mais quentes já registrados) ainda não tenha acontecido uma falha de grandes proporções.
O abastecimento de água está indo pelo mesmo caminho. Obras como a transposição das águas do rio São Francisco estão muito atrasadas. Não há investimentos em reservatórios e nem na distribuição e tratamento de água dignos de nota no país nos últimos 2 anos.
Portos, aeroportos, estradas e ferrovias estão em petição de miséria. Especialmente aqueles mais importantes para escoar as nossas exportações. Bilhões de reais são perdidos todos os anos por não haver agilidade na hora de exportar nossas commodities. Isto nos levará a crise econômica se nada for feito.
O dinheiro que está sendo gasto para passar a imagem de que o Brasil pode sediar grandes eventos, isto é, Copa e Olimpíadas, poderia fortalecer o país e protegê-lo, e a seus cidadãos, contra as crises que porventura possam aparecer. Mas, os políticos e seus conchavos e barganhas, com seus contratos superfaturados e licitações fraudulentas empurram o Brasil para o buraco.
Na verdade, do ponto de vista da saúde e segurança, o país já está no buraco. A polícia, mal aparelhada, mal treinada e mal formada, não só não protege o cidadão, como ainda o trata com truculência. E em relação aos hospitais, basta ligar a tv em qualquer noticiário para saber o quão caótico eles estão.
Se mesmo em países desenvolvidos, os mecanismos que mantêm a sociedade coesa já estão fragilizados, imagine num país em que o governo, através de seus políticos, age de forma tão irresponsável e inconsequente.
Portanto, manter-se preparado é necessário. Não se pode esperar muita coisa do futuro. Especialmente, se depender da classe política.

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