segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sobre abrigos e cidades

Sempre que se pensa em refúgios para momentos de crise, a primeira ideia é um local afastado de grandes cidades, discreto, espaçoso, com uma área para plantar e criar animais e, até mesmo, gerar energia elétrica de forma alternativa. Infelizmente, são bem poucos os que podem ao menos pensar em algo assim. Hoje em dia, a maioria das pessoas mora em cidades. e do ponto de vista do sobrevivencialismo não é o local ideal para se estar. Mas muitos aspectos prendem as pessoas às grandes cidades. Trabalho e realização profissional, diversão, acesso a serviços que só existem por lá, como certas áreas da medicina, entre outros. Outro fator que faz com que muitos permaneçam nas cidades é a família. Várias pessoas não gostariam de ficar longe de pais, mães, filhos, irmãos.
Neste caso, o sobrevivencialista urbano deve se preparar de forma um pouco diferente em relação aquele que vive longe das cidades, ou que possui um refúgio para ir. Na cidade, a preparação deve levar em conta alguns fatores:

- A captação de recursos pode ser muito mais perigosa num cenário de crise. As ruas provavelmente estarão cheias de todo tipo de gente, dos desesperados até os assassinos e ladrões. Portanto, é ainda mais importante que se faça uma escolha correta dos itens da preparação, para evitar surpresas desagradáveis. A preparação deve ser feita de tal maneira que o sobrevivencialista possa ficar sem sair do abrigo por pelo menos três meses. Este seria uma boa quantidade de tempo para esperar "a poeira baixar" e pensar em que decisão tomar, de acordo com a situação.
- Em um cenário de crise, não só o fornecimento de água e energia será afetado, mas também o sistema de esgoto e a coleta de lixo. Deve-se, portanto manter o abrigo o mais limpo possível. Na preparação deve-se ter produtos de limpeza, como sabão em barra, papel higiênico, álcool, desinfetante, produto para desintegrar fezes, entre outros.
- Casas na cidade, mesmo nos dias de hoje, devem ser fortemente defendidas. É aconselhável o uso de barreiras físicas, como muros altos, com cercas de arame farpado, ou pelo menos grampos metálicos afiados, no seu topo. As portas e janelas devem ter grades de proteção, trancas e dobradiças reforçadas. Deve-se, na medida do possível, ter uma visão de todo o terreno.
- Em prédios de apartamentos na cidade, o ideal seria que os seus habitantes pudessem se unir para a defesa do local, usando medidas de defesa similares às das casas. Se não há essa consciência coletiva de defesa, os apartamentos, mesmo reforçados, ficam muito mais vulneráveis. Um grupo de invasores que conseguisse entrar no prédio, teria poucos problemas para invadir qualquer apartamento. Mesmo que um apartamento reforçado acabasse resistindo à invasão, o prédio inteiro poderia ser destruído por um incêndio por exemplo.

É muito difícil saber com que intensidade uma crise afetará uma cidade e sua população. Mas a preparação deve ser sempre pensada levando em conta o pior dos casos. Só assim ela será realmente eficiente.
Mantenha-se informado, atento e preparado. Sempre.



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