domingo, 7 de julho de 2013

Estamos entrando em uma nova crise financeira

Olá a todos.

Acompanho o comportamento da bolsa de valores no mundo, pois a bolsa traduz de forma muito precisa o que está acontecendo com a economia em um determinado momento. E o que me assusta é que já fazem duas semanas em que a Bovespa cai. De 20 de junho até sexta passada, a bolsa caiu mais de 10%, mesmo quando os índices das principais bolsas do mundo estavam subindo. Ao mesmo tempo, mesmo com intervenção do Banco Central, o dólar subiu muito.
O que significa isso? Ao meu ver, o governo está perdendo o controle sobre a economia. E, os investidores estrangeiros, percebendo isso, estão batendo em retirada. Some-se a isso, a péssima administração dos recursos arrecadados com os impostos (absurdos), os gastos superfaturados com a Copa do Mundo de 2014 e o funcionalismo público cada vez mais inchado (e que num futuro próximo, vai aumentar ainda mais o rombo da Previdência).
Engraçado que, foi assim que a Grécia entrou nessa crise braba em que eles se encontram hoje. A receita foi a mesma. O que foi construído nos últimos 16 anos (nos governos FHC e Lula) está indo por água abaixo, graças a péssima administração de Dilma e seus 39 ministérios (muitos criados devido às alianças escusas para obter maioria parlamentar).
E como poderemos nos precaver contra a crise vindoura?
Evitem gastar excessivamente, evitem se endividar. Segurem aquela viagem para Europa. Esperem um pouco para trocar de carro. Embora não pareça, paira a incerteza sobre o futuro próximo.
E melhor abrir mão de alguns luxos para não passar perrengue amanhã do que se vê em dificuldades.
Poderemos entrar numa espiral descendente da qual levaremos anos para sair.
Agora é hora de poupar um pouco. Ou de, pelo menos, não contrair mais dívidas.
Lembrem-se de que os credores não querem saber da sua situação econômica, ou da situação econômica do país. Não pagou, vai ter seu nome negativado.

Como a economia parece um ser de vida própria, pode ser que amanhã o Brasil volte aos eixos, o PIB reaja e suba mais de 3%. Mas, sinceramente acho bem difícil.

Não gostaria de passar de novo pelo caos dos anos 80, em que a cédula impressa no começo do ano valendo o equivalente a R$100,00, no fim do ano não valia nem R$0,01. Aquilo era desesperador.

Mais uma vez, se precaver pode salvar você de situações bem desagradáveis.

Namorando o Caos

Olá a todos.

Seria exagero dizer que a nossa sociedade se encontra à beira do caos?

Para a maioria das pessoas, a resposta para esta pergunta é um sonoro Não. Se temos comida na mesa, bancos para sacar dinheiro sempre que quisermos, água encanada, gás, internet, roupas, carros, lojas e todas as facilidades da vida moderna ao nosso alcance, aonde está o caos? Ah, temos alguns assassinatos brutais, não podemos sair na rua em segurança à noite, tivemos manifestações intensas no mês passado, a bolsa está caindo e o dólar subindo, os hospitais e a educação não funcionam, as estradas estão ruins, os impostos altíssimos e a classe política deitando e rolando, esbanjando às nossas custas. Temos esses probleminhas, mas não o caos. Porque, enquanto eu puder fazer meus posts nas redes sociais, marcar uma cervejada com os amigos, fazer minhas viagens com prestações a perder de vista, trocar o carro (e de novo mais prestações), ir à praia, bater uma bolinha, ir ao shopping, ao cinema, trabalhar e tiver uma casa ou apartamento com um televisor de 52 polegadas e tv por assinatura e vários eletrodomésticos legais, (não esquecendo do smartphone) a vida vai ser uma boa. Estarei tranquilo.
Mas, tudo isso, todas essas facilidades podem estar com os dias contados. O caos bate à porta de nossa sociedade.

Então, volto à pergunta no início deste post.

Será que, mesmo por um momento, você já parou para pensar em como a nossa sociedade funciona? Em como tudo é infinitamente complexo?
Vou citar apenas um exemplo. A internet.

A internet é hoje a espinha dorsal do comércio mundial. As bolsas de valores do planeta estão interligadas via internet. Os lojistas fazem seus controles de estoque, de compra e venda de produtos via internet. Até o gerenciamento de trânsito e de energia é feito via internet. São milhões de emails, e inúmeros terabytes de informação trocados diariamente pelos milhões de computadores conectados à rede. Milhares de transações comerciais e financeiras são feitas via rede todos os dias.
A internet simplesmente não pode falhar. Imagine por um momento, uma cidade como o Rio de Janeiro sem internet por apenas 24h. Os prejuízos seriam de milhões de reais. Pessoas não poderiam fazer coisas simples como sacar dinheiro em banco, comprar algum produto usando cartões de crédito ou débito. A engenharia de tráfego ficaria comprometida. Ou seja, o simples ato de ir e vir, que já é complicado no dia à dia, ficaria impossível sem semáforos, sem o gerenciamento dos centros de controle de trânsito. Em outras palavras, o caos.
E, é possível ocorrer uma falhar assim? Lembro-me bem que em 2003, quando morava em Petrópolis, a cidade ficou sem internet 15 dias, simplesmente porque roubaram alguns quilômetros dos cabos de fibra ótica que interligava o Rio à cidade serrana. Hackers, vírus, queda de energia, defeito de hardware, cabos cortados. Várias situações podem derrubar a internet, pelo menos localmente, por algum tempo.
Isso mostra que dependemos demasiadamente de uma estrutura cada vez mais complexa. E, a história mostra que, quanto mais complexa uma estrutura, maior a possibilidade de falha.

A internet é só uma das inúmeras estruturas que permitem o funcionamento da sociedade. E todas essas estruturas estão intimamente interligadas.
Imagine então uma outra situação.

O Rio de Janeiro fica 24 horas sem luz. Bom, sem luz, sem internet, sem semáforos, sem metrôs e trens, sem dinheiro, sem comércio, sem combustíveis nos postos. Geradores poderiam manter os serviços essenciais por algum tempo, mas talvez não 24h. Os hospitais ficariam em sérios apuros. Muitas pessoas ficariam presas nos elevadores, e até mesmo no bondinho. Muitos produtos refrigerados estragariam, Muitas áreas ficariam às escuras à noite, propiciando a ação de assaltantes e vândalos. Possivelmente veríamos saques à supermercados.
E essa situação não está distante da realidade não, pois, mesmo com o crescimento econômico baixo, a demanda por energia aumenta ano a ano, e o sistema elétrico brasileiro não acompanha, principalmente por má gestão. E quando fatores climáticos entram na jogada, como por exemplo, um período prolongado de estiagem, a possibilidade de falha elétrica é realmente grande.

E agora? Você ainda acha que não estamos namorando o caos?

Pensem bem sobre isso. E, acima de tudo, previnam-se. Algumas medidas simples podem fazer a diferença. Use seus instintos. Antes de sair de casa, dê uma olhada no noticiário. Veja os boletins de trânsito Olhe em volta para ver se não tem nada de estranho. Mantenha o celular sempre carregado. Mantenha em casa algum dinheiro em espécie, velas, alguma comida não perecível (como enlatados por exemplo). Procure se manter em condições físicas pelo menos razoáveis. Se você tem filhos pequenos, mantenha em casa sempre uma reserva de suprimentos para ele (fraldas, leite e outros). Se alguma coisa acontecer enquanto você estiver fora de casa, procure algum lugar seguro. Fique longe das ruas até a situação se acalmar. Mantenha sempre uma linha de comunicação com o seu cônjuge. E combinem um plano de contingência para seguir em casos de emergência.

São medidas que não custam quase nada, mas que podem fazer com que você passe por emergências sem muitos problemas.

E, acima de tudo, tenham em mente que, nada é impossível. Tudo pode acontecer.