domingo, 27 de abril de 2014

Na real: Não estamos preparados!

Não temos ideia de quando e nem como acontecerá um cenário de crise. Mas a minha pergunta é:

Como você se arranjará numa crise muito séria?

Vamos pensar aqui em três situações:

1) Você se prepara e tem todos os planos definidos caso um cenário de crise ocorra repentinamente. Acontece que você viajou para outro país, à trabalho ou à lazer quando a crise estoura.

2) Você está em sua cidade, também preparado e com tudo definido. Mas a crise resolve estourar quando você e seu núcleo estão separados, um em cada ponto da cidade.

3) Tudo dá certo, você e seu núcleo conseguem chegar ao refúgio. Está tudo preparado. Mas a crise parece ser longa e não há como saber o que está acontecendo.

A primeira situação seria a pior possível. Em um outro país, longe de suas preparações, longe de seu núcleo, e sem saber quanto tempo a crise vai durar, sem saber se você poderia voltar, sem saber como as pessoas do local se comportariam diante de uma situação atípica, realmente haveria muito pouco a ser feito. Talvez, ao perceber a crise, você até pudesse obter suprimentos de emergência. Mas as suas opções seriam severamente limitadas. E o baque psicológico seria imenso. Talvez você nunca mais pudesse voltar para casa. Seria extremamente desesperador. Você nem ao menos teria como saber como estariam as pessoas próximas à você, como estaria a sua família.
A segunda situação poderia variar entre contornável até extremamente desesperadora. Se você conseguisse reunir todas as pessoas que fazem parte de seu núcleo, já seria muito positivo, mesmo sem saber como estariam as suas rotas de fuga. Mas, se durante a confusão inicial uma ou mais pessoas do seu núcleo não conseguissem chegar, o desespero seria a atitude seguinte à ser tomada. Aguardar por um tempo e seguir para o refúgio sem o grupo completo? Ou esperar, mesmo sabendo que a situação na cidade se deteriora a cada minuto? Será que todos teriam a presença de espírito de pensar que, caso alguma coisa não desse certo, e a reunião não fosse possível, ir diretamente para o refúgio?
A terceira situação seria, em princípio, a mais tranquila. Só que, como você agiria ao perceber que o mundo extremamente conectado em que vivemos poderia nunca mais voltar a existir? Como você encararia a total falta de notícias, o total isolamento? Você nem ao menos saberia o que está acontecendo a 100m da sua casa. Como você encararia o fato de provavelmente você não teria mais contato com a maioria de seus amigos? E se você tiver parentes em outras cidades ou em outros países? Você nem ao menos saberia o que exatamente provocou a crise. Todas as facilidades do mundo moderno evaporariam. Como você encararia o fato de que a maioria das coisas que você gosta, como música, filmes, jogos, cerveja, futebol, Fórmula 1, festas, trabalho, supermercados, lanchonetes, redes sociais, internet, e tudo o que nos acostumamos desde crianças sumiram e podem nunca mais voltar? Você acha que teríamos um modo sobrevivencialista pronto para ser ligado em caso de crise e isso faria com que o passado fosse esquecido?
A gente sente saudade de coisas que marcaram nossa infância. A gente sente saudade de determinadas bandas, de determinados atletas, de determinados filmes ou seriados. A maioria são coisas supérfluas. mas que fizeram parte de nossas vidas. Imagine não contar mais com essas pequenas coisas da vida. Não poder ir à um shopping, para um programa típico de domingo, ou seja, cinema e lanche parece besteira. Até o momento em que nos damos conta de que isso sumiu para sempre.

O que quero dizer com esse post é que, ao contrário do que muita gente acha, mesmo o sobrevivencialista mais preparado vai sentir um tremendo baque caso uma crise muito séria nos atinja. Pensem bem. Às vezes temos uma certa resistência à mudanças mínimas nas nossas vidas. Imagine então uma mudança absurdamente radical trazida por uma crise realmente séria. Seria devastador. Até agora, você não tem dificuldade em obter comida. De uma hora para outra, por mais preparações que você tenha, vai chegar a hora em que você vai ter que caçar e plantar a sua comida. É um baque. Sofreremos. Às vezes, um homem leva uma vida inteira para aprender como lidar com a terra. Plantar não é jogar as sementes e algum tempo depois ir lá e colher os frutos. Plantar exige cuidado permanente. Caçar não é apontar e atirar na caça. Muitas vezes, caçar exige que você fique num canto, sem se mexer, por horas, e muitas vezes a espera vai ser em vão, porque você erra o tiro. Estaremos mesmo preparados para tudo isso?
As frustrações podem ser imensas. Se sua lanterna quebrar, pronto, acabou-se! Você não vai poder ir à cidade comprar outra. Sua roupa rasgou? Você vai ter que se virar e aprender a repará-la  O pior de uma crise não seriam as grandes mudanças. Seriam as pequenas coisas da vida. O cafezinho, o chocolate, o salgadinho, o tênis novo, a escova de dentes, o dvd, um sms, uma ligação telefônica, um refrigerante gelado, uma paquera... tudo isso perdido para sempre, ou totalmente modificado...

Me preparo, mas espero que JAMAIS a crise definitiva nos atinja...

terça-feira, 22 de abril de 2014

Sobre caos e criminalidade

Atentados à sistemas de infra-estrutura, combates entre Forças Armadas e grupos fortemente armados, clima de insegurança total, problemas nos sistemas de abastecimento de água em muitas cidades, hospitais sobrecarregados, saques, sequestros, chacinas. Parece que estamos falando de países africanos ou de alguns da América Central, com suas intermináveis guerras civis. Mas não. Estamos falando do Brasil.
Paremos para pensar:
Em que cidades de países que não estão oficialmente em guerra é necessário o uso das Forças Armadas para tentar controlar certas áreas? Em que países os bandidos tem poder de fogo suficiente para derrubar helicópteros? O que seria dito de um país em que ações verdadeiramente terroristas incendeiam dezenas de ônibus nas garagens em diferentes cidades? O que dizer de um país que não está em guerra, mas que em suas cidades chegam a ser registrados mais de 200 assassinatos em um dia? O que dizer de um país em que no último mês de Março foram registradas mais de 20 explosões a caixas eletrônicos? Onde os bandidos conseguem explosivos potentes, armamento militar, e, acima de tudo, como conseguem gerenciar ações criminosas mesmo estando presos?
Tudo isso mostra que o Brasil a cada dia se torna uma terra cada vez mais sem lei, onde as forças policiais se tornam cada vez mais fracas e menos respeitadas, onde os criminosos se tornam cada vez mais fortes e mais temidos. Não está longe o dia em que uma ação criminosa pode causar prejuízos gigantescos. Com o acesso à armas e explosivos que eles tem, os bandidos podem por exemplo derrubar pontes, destruir aeroportos, sabotar centrais elétricas. Acha exagero?
As represálias dos bandidos à mortes de comparsas eram no máximo obrigar o comércio de seus redutos a fechar as portas. Agora, já conseguem causar danos importantes à infra-estrutura de transportes, quando queimam dezenas de ônibus nas garagens. As perdas afetam diretamente a população, dificultando a chegada ao trabalho e gerando prejuízos à cidade. Além disso, calcula-se em 6 meses a reposição dos ônibus destruídos. Nada os impede de tomar medidas ainda mais danosas, como as descritas no parágrafo anterior. Os bandidos tem pouco a perder. E o governo se torna cada vez mais impotente diante deles.
Os sobrevivencialistas devem estar preparados não só para cenários de crise, mas também para defender suas casas e seus bens contra o crime. Deve-se tomar medidas, como por exemplo, não chamar a atenção, não ostentar, observar sempre os arredores de casa, tanto na saída quanto na chegada. O uso de câmeras de segurança deve ser feito, mas elas tem que ser instaladas de tal maneira que fiquem invisíveis. A câmera visível chama a atenção. Os bandidos podem pensar que ali existem objetos de valor. E lembre-se: Por mais medidas de defesa que se tome, elas de nada valem se houver distração. Não se distraia na rua, na chegada em casa, na saída de casa, no trânsito. É horrível ter que viver ligado sempre, mas hoje em dia, tal atitude diminui os riscos de ser surpreendido.
Infelizmente, a tendência é de que tal cenário de criminalidade piore. A não ser que surjam governantes realmente compromissados com a segurança pública, que tomem medidas duríssimas, que revoltariam as entidades de Direito Humanos, mas que seriam muito eficientes na redução dos índices de criminalidade. Porém, diante do quadro político atual, não há a menor chance de que surja alguém com esse perfil.
Manter-se preparado e atento é o que resta a ser feito.

domingo, 20 de abril de 2014

Sobre o Sistema Cantareira e Irresponsabilidade

Ultimamente, tem sido destaque na imprensa os sucessivos recordes de perda de água do Sistema Cantareira, um dos que abastecem a cidade de São Paulo. Hoje, 20 de Abril, o nível de água do reservatório estava em 12,1% da capacidade. Nesse mesmo dia de 2013, o nível estava em 63,8%. Os níveis de chuva de 2013 (89,3mm) e 2014 (83,6mm) são parecidos, embora este ano tenha chovido um pouco menos. E não é só isso. Mais um dos sistemas, o do Alto Tietê, está com o nível de 37,1%, ou seja, um pouco acima de 1/3 de sua capacidade. Apenas a represa de Guarapiranga parece estar com um nível confortável (79,1%).
O principal problema não é o nível dos sistemas agora. Nos próximos meses, com o inverno, e consequentemente um menor consumo de água, os níveis desses reservatórios devem subir. O problema vai ficar realmente sério nos meses finais de 2014 e iniciais de 2015. Se o nível está tão baixo assim agora, é de se pensar que em 2015 a situação estará realmente seríssima, posto que, no ano passado, o nível do Cantareira estava acima de 60%.. Existem vários pontos que mostram o total despreparo das autoridades em lidar com a crise hídrica. O governo atual reluta em decretar racionamento, porque este é um ano eleitoral e uma medida desta natureza causaria perda de votos. Apenas agora, com a crise instalada, o governo se preocupou em fazer campanhas para tentar conscientizar a população sobre a importância de se economizar água. Isso mostra que, neste país, não se faz planejamento para o futuro. O aumento de consumo e constante e a instabilidade climática é um fato que deve ser considerado em todos os cálculos para a quantidade de água a ser reservada. Portanto, novas fontes de abastecimento já deveriam ser providenciadas há 5, 10 anos. A cidade deveria ter uma reserva ociosa, para enfrentar imprevistos.
Aí é de se pensar: Se um sistema de vital importância para a maior cidade do país é tão mal administrado, e não está, de modo algum, preparado para crises repentinas, o que dizer dos outros sistemas que mantém o país funcionando? Como estará o sistema elétrico? Será que o governo tem planos de contingência para uma súbita interrupção no abastecimento de combustível do país? E no caso de um acidente nuclear em Angra dos Reis? Que medidas tomaria o governo para proteger os cidadãos se algo parecido com Chernobyl acontecesse em Angra?
Em países como os EUA, existem agências governamentais para gerenciamento de crises, o equivalente à nossa Defesa Civil, só que muito mais preparada e eficiente. Os EUA têm uma reserva de petróleo, que permite ao país ficar sem nenhuma importação por alguns meses, mesmo que somente os serviços essenciais pudessem ser mantidos. Outros países, como França, Canadá, Reino Unido, Espanha, tomaram providências semelhantes para se salvaguardar contra crises. Esses países possuem órgãos na área epidemiológica que estão preparados para agir em caso de episódios de contaminação por microrganismos patogênicos.
O Brasil decididamente não esta minimamente preparado para nenhum tipo de crise. Mesmo em dias normais, o nosso sistema de saúde já opera acima de sua capacidade, é extremamente mal administrado e existem inúmeros casos de corrupção. Quando aconteceu a tragédia de Fukushima que, embora tenha mostrado que a TEPCO não tenha sido eficiente nas medidas de segurança da usina, foi um retrato da extrema eficiência das agências de gerenciamento de crise do Japão, um programa de televisão fez uma entrevista com cidadãos que vivem próximos às usinas nucleares de Angra. Nenhum treinamento para situações de emergência jamais foi feito. Mesmo nas nossas tragédias corriqueiras, vemos que a Defesa Civil tem que lutar com a falta crônica de recursos para ajudar os atingidos nos deslizamentos e inundações.
Portanto, caro sobrevivencialista, não espere nenhuma ajuda governamental em cenários de crise. E mais, mantenham-se preparados, pois não há transparência sobre as reais condições de nossa infra-estrutura hídrica e energética. Nossos governantes são extremamente irresponsáveis e corruptos. Não pensam no futuro, não se preparam para potenciais desastres, nem ao menos tomam as medidas certas durante as "pequenas" crises que rotineiramente nos atingem.

PS - Este artigo ilustra bem o despreparo do país para gerenciar crises.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Experiencia Interessante - Espigarda Rossi Calibre 12 de Canos Sobrepostos

Sempre que posso, pratico tiro ao alvo, com as mais diversas armas. De estilingues e espingardas de pressão, até revólveres de diversos calibres.
Bom, hoje tive o prazer de testar uma arma que me impressionou muito. Foi uma espingarda Rossi, Calibre 12. Ela é uma arma de canos sobrepostos e gatilho único. Existe, portanto, um seletor para a escolha do cano a ser usado. O cano é não raiado, e tem 770mm de comprimento. Demos vários tiros cm munição de balotes, ou seja, aquela em que diversas esferas metálicas são disparadas, no lugar de um único projétil.
Disparamos em uma placa de metal, afim de ver como as esferas se espalham de acordo com a distância, bem como a precisão.

Arma análoga a que usei nos meus testes

O que me impressionou foi a precisão. A 50m (aproximadamente) as esferas se espalham pouco e foi facílimo atingir o alvo. As chapas de metal do alvo foram totalmente trespassado pelas esferas, mesmo à maior distância de disparo. O recuo é baixo, e ainda por cima é amenizado por um amortecedor na ponta da coronha. A arma é relativamente pesada, mas parece ser muito bem construída É bem fácil de desmontar e limpar.
Recomendo a todo sobrevivencialista que se puder, atire e tenha contato com armas das mais diversas. Devido à natureza humana, e às dificuldades durante uma crise, é imperativo saber usar armas de fogo. A melhor situação é nunca ter que usá-las, mas que é absolutamente improvável que em cenários extremos não sejamos obrigados à usá-las em alguma situação. Mesmo que você não possua uma arma de fogo, você pode se deparar com uma. Mas, volto a dizer que armas devem ser usadas como último recurso. Você não vai querer atrair atenção desnecessária para o si mesmo e seu refúgio.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Apocalipse Zumbi? Sem chance!

Imagine um cenário no qual você está preso em algum lugar, cercado por mortos-vivos comedores de carne, Esses mortos-vivos até pouco tempo atrás eram seus amigos e familiares  E o que é pior: Basta uma mordida de um deles para que você se transforme em um desses bichos também. Eles conseguem ficar meses a fio vagando por aí, atrás de potenciais vítimas. Alguns tipos de mortos-vivos são lentos, mas conseguem encurralar suas vítimas devido ao seu grande número. Mas outros, são tão rápidos quanto pessoas normais, e correm atrás de suas vítimas com extremo vigor predatório. O que transforma as pessoas comuns em mortos-vivos geralmente é uma infecção, que infecta as pessoas tanto por mordidas dos contaminados, quanto pelo ar, depois que a pessoa morre. São os chamados zumbis. E são totalmente impossíveis, do ponto de vista biológico.
Embora muitos acreditem que algum vírus criados em laboratório como armas de guerra tenham o poder de transformar pessoas comuns em zumbis, e, embora tal ideia esteja no imaginário popular, principalmente por causa da série de  televisão The Walking Dead, que descreve a situação dos sobreviventes de um apocalipse zumbi, basta usar a lógica para ver que não há como tal coisa ser possível.
Em primeiro lugar, não existe como tecidos mortos voltarem à vida. Quando um ser vivo morre, as suas células são destruídas em pouco tempo As mais sensíveis são as do sistema nervoso central. Poucos minutos após a morte, elas estão tão destruídas que uma pessoa perderia funções como o movimento do corpo. O sangue fica mais ácido, o que faz com que as células se abram e espalhem seu conteúdo. Os músculos entram em estado de rigidez, por causa da destruição do mecanismo que os fazem se mover. Os órgãos responsáveis pela digestão são destruídos e seus líquidos se espalham pela cavidade abdominal. E por aí vai. É um processo irreversível.
Um zumbi, na maioria dos filmes anda capengando e se arrastando, como se desse a entender que ele estaria em decomposição. Mas como o cérebro, que já estaria destruído, mandaria sinais para os músculos, através de nervos, que também já estariam destruídos?
Ok, mas, vamos supor que, de alguma maneira um vírus consiga o milagre de fazer um zumbi andar por aí, e até mesmo se alimentar. Então, de onde um zumbi tira energia para ficar sem comer por anos a fio? Ainda tomando como exemplo a série The Walking Dead, uma das personagens usa dois zumbis como mulas. E para não ser atacada por eles, arranca os seus queixos e os seus braços. Então, esses bichos são movidos a que? Energia solar? Nuclear? Fazem fotossíntese?
Para se matar qualquer zumbi, não adianta atirar ou atingir qualquer parte do corpo. Só funciona na cabeça. Mas ora, como uma criatura poderia se mover sem um sistema circulatório, ou seja, sem coração? Como ela poderia obter energia a partir do que ela come sem aparelho digestivo? Totalmente absurdo.
Existem casos documentados de doenças e drogas que fazem com que as pessoas tenham comportamentos canibais. Mas elas estão vivas, e estão longe de serem esses zumbis, como os da ficção.
Portanto não temam. Embora a possibilidade de um vírus perigoso cause uma infecção que possa causar muitas mortes seja bem real, não existe a menor chance de zumbis como os de The Walking Dead, Madrugada dos Mortos e outras produções do gênero acontecerem. A morte é irreversível.
O que é real em The Walking Dead não é o apocalipse zumbi, mas a reação das pessoas diante de um cenário de crise muito grave. Algumas pessoas se uniriam em grupos, tanto para tentar sobreviver, como para saquear, amedrontar e dominar outros sobreviventes.
Portanto, mais uma vez digo: Mantenham-se preparados e atentos. E procurem cercar-se de pessoas de confiança. Porque, mais assustador que qualquer crise, é a reação das pessoas diante dela.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sobre luas de sangue, os poderosos e sobrevivência

Muito se fala sobre os eventos astronômicos e sua relação com eventos catastróficos na Terra. Na verdade não existe relação nenhuma, exceto coincidência. O que há é um grande grau de desinformação. No eclipses totais lunares, o satélite fica com uma cor avermelhada. Mas esse fato não tem nada de incomum. Não tem relação com mortes, fim do mundo ou seja lá o que for. O que acontece é um efeito análogo ao do pôr do Sol. Mesmo com a Lua eclipsada pela Terra, os raios de Sol atravessam a atmosfera da Terra e iluminam a Lua. Como a nossa atmosfera absorve a luz azul, o que passa é uma luz amarelo-avermelhada.
Teremos uma sequência de eclipse, que muitos chamam de 4 Luas de Sangue. Dizem que essas sequências trazem tragédias e desgraças. Mas tragédias e desgraças podem acontecer em qualquer dia do ano, sob quaisquer condições astronômicas. Por exemplo, o 11 de Setembro aconteceu num dia normal. Não havia nos céus nenhum fenômeno que indicasse quaisquer tragédias. Muitos, depois do acontecido, vão dizer por exemplo que Marte estava em conjunção com a Estrela Polar (isso não acontece de verdade) e com o centro da galáxia de Andrômeda, causando com isso radiações iônicas que influenciaram a mente terrorista e baixaram a guarda dos americanos.
Esse é o tipo de baboseira inocente que pode servir de cortina de fumaça para ocultar uma crise verdadeira. A maioria das pessoas não vão acreditar que existe qualquer problema se a NASA algum dia disser que um asteroide está em rota de colisão com a Terra. Ou que  CDC (Centro de Controle de Doenças) americano disser que uma pandemia de gripe surgiu na Ásia. Nos últimos 15 anos, o mundo já "acabou" duas vezes, em 2000 e 2012. Quem vai acreditar se cientistas aparecem na tv e disserem que as outras vezes eram conversa fiada, mas que dessa vez é pra valer? Vão dizer que é um viral para a internet, ou que é uma ação de marketing.
Nós, sobrevivencialistas, temos o dever de estar mais informados sobre potenciais crises. Devemos ter a capacidade de separar o joio do trigo. Devemos saber que existe uma possibilidade de que uma tempestade solar ou uma pandemia virulenta possam acontecer amanhã. Devemos conhecer os tipos e alcance de muitos possíveis cenários de crise. A possibilidade de acontecer uma crise realmente grave é baixa, mas longe de ser desprezível. Por isso nos preparamos.
Às vezes imagino que muitas das fontes de informação sensacionalistas, que deturpam de tal maneira as informações divulgadas por órgãos científicos de credibilidade, o façam de maneira proposital, para que as pessoas não levam à sério as advertências científicas e que com isso não haja pânico, e prejuízos financeiros. Afinal, embora primeiramente soe como absurdo não avisar aos cidadãos sobre possíveis tragédias, não é de surpreender o que se faz por dinheiro. Quantos genocídios e quanta destruição já foram praticados para beneficiar um pequeno grupo de milionários? Não tenham dúvidas de que se uma tragédia tiver 0,001% de chance de não acontecer, as pessoas não serão avisadas. Afinal de contas, existe uma infinitesimal chance de não acontecer, e sendo assim, não avisar os cidadãos não os trará prejuízos. E se acontecer, bom, danem-se todos porque os milionários e detentores do poder estarão devidamente abrigados. Ou vocês acham que os ricaços não se preparam? Podem ter certeza de que os superpoderosos desse planeta levam o sobrevivencialismo à sério. Por exemplo, qualquer sinal de crise faz com que o presidente americano e seu staff sejam imediatamente removidos para uma área protegida. Certamente esta área tem todos os recursos que permitiriam à cúpula do poder dos EUA passar incólume pela maioria dos cenários de crise possíveis. Não tenham dúvidas de que os principais governos mundiais, assim como as principais empresas devem ter meios de proteger suas pessoas-chave em situações de ameaça. Pode ser uma forma de continuar a concentrar e dar continuidade à manutenção do poder. Afinal, estas pessoas concentrariam a elite intelectual, militar e tecnológica, e certamente teriam as bases para fazer com que a sociedade recomeçasse. É possível que em países como os EUA, o governo faria de tudo para que os cidadãos ficassem sabendo que o governo continuaria funcionando após passada a crise. É possível que isto trouxesse para o cidadão um sentimento de que o país passara por dificuldades, mas não acabara. Ou seja, um certo sentimento de orgulho. Mas, tal coisa não funcionaria em países como o Brasil.
Tudo isso que escrevi acima pode soar um pouco como teoria da conspiração. Mas, quem detêm o poder certamente analisa todas as opções, todas as situações que possam existir e todas as soluções possíveis para resolver problemas em cada uma delas. Não é à toa que pessoas como os Rockfeller ou os Bush, empresas como a Apple ou a Raytheon mantém-se na crista da onda há décadas.
Insisto mais uma vez em dizer que devemos estudar, nos informar, ler muito, sobre tudo. Isso nos trará a percepção do que pode nos ameaçar e do que não passa de conversa fiada. Aconselho, se você perdeu o eclipse dessa madrugada, tentar ver um dos próximos. É sensacional!
Em tempo: Vejam como a imprensa noticia possíveis tempestades solares, surtos de doenças virulentas ou a aproximação de asteroides potencialmente perigosos. Fazem um carnaval danado. Depois de ver uma reportagem dessas, você é tentado a não acreditar em nada do que foi exibido.

Segundo o grande pensador contemporâneo...

É amigos. Estamos em uma situação terrível. Os valores da sociedade atual estão deturpados demais. Hoje mesmo, me deparei com uma reportagem do UOL sobre selfies após o sexo. Como exigir privacidade se se faz questão de expor a vida íntima? Como exigir um país, um mundo melhor se há esse e outros tipos de comportamento? As pessoas estão cada vez mais voltadas para si mesmas e esquecem que o mundo à sua volta está se desintegrando. Danem-se os outros, contanto que eu possa ter meu dinheiro, meu smartphone, minhas festas, minhas curtições.
Como chamar a atenção das pessoas para os perigos que nos cercam, causados pelo homem ou pela natureza, se essa é a sociedade do EU? As pessoas se tornam cada vez mais fúteis. Hoje em dia não se sabe se a pessoa controla o smartphone ou tablet ou o contrário. Na verdade esses aparelhos se tornaram o supra-sumo do individualismo. Cada vez mais, redes sociais como o Instagran, em que 99% das fotos são puro exibicionismo, tomam mais tempo das pessoas. Nas reuniões familiares, esquece-se do pai, da mãe, dos avôs, das avós, primos, irmãos, sobrinhos, filhos, para ficar pendurado nas redes sociais, na internet, por intermédio desses dispositivos.
Aconteceu um fato muito interessante há poucos meses. Quando o Facebook comprou o Whatsapp, os usuários ficaram alguns dias sem o serviço. Parecia que o Yellowstone tinha entrado em erupção, ou que um meteoro caíra na Terra. Foi um desespero. E agora? Como é que eu vou fazer para me comunicar com meus amigos? Como é que vou marcar aquela saída, contar a última fofoca do trabalho ou da novela?
Estamos no caminho errado. A indignação e o descontentamento são muito mais intensos pela perda de um celular, pela queda temporária de uma rede social, do que pelo estado em que o país e o planeta se encontram.
Para completar o quadro desesperador, estamos vivendo uma época de vácuo cultural imenso. Valesca Popozuda pensadora contemporânea? Esse absurdo foi colocado como questão numa prova de colégio. Quando se coloca uma questão dessas numa prova, demonstra-se a total falta de compromisso para com a educação. Falta um mínimo de seriedade. E isso se estende à todas as áreas de atuação nesse país.
O que temos hoje são pessoas individualistas, sem conhecimento, sem cultura, alienadas. As vidas gravitam em torno de um smartphone, de um tablet, das redes sociais. Ler um bom livro, assistir à um bom filme, levar à sério os estudos, conversar com as outras pessoas por pelo menos 10 minutos sem pegar no telefone. Tudo isso, acabou-se. São raros os que fazem isso.
Com ou sem cenário de crise, o futuro é triste, é sombrio. Os rumos para os quais o nosso país, o nosso planeta tomaram nos levam diretamente e rapidamente para o abismo.
Se entrássemos em um cenário de crise há 20 anos, seria terrível, claro. Mas os efeitos psicológicos seriam mais amenos. Hoje, seria terrível. Imagine, de uma hora para outra, ficar sem internet, sem celular. Para muitas pessoas seria extremamente desesperador. Veríamos (veremos) por assim dizer, verdadeiras crises de abstinência digital. Desespero, tristeza, raiva... Seria insano. E mais insano seria quando essas pessoas caíssem na real e percebessem que perderam muito mais do que o funcionamento de seus dispositivos. Quando elas se dessem conta de que seria difícil até arranjar a próxima refeição, seria um choque de realidade brutal.
Precisamos da internet, claro. Mas não precisamos estar conectados 24h por dia. Não precisamos de muitos dos recursos dos smartphones. Procure conversar com as pessoas. Devemos tentar alertá-las sobre o mal que uma exagerada dependência do sistema pode trazer. Temos que convencer as pessoas a deixar seus telefones de lado, pelo menos por um tempo. Em outras palavras, devemos tentar fazer com que as pessoas sejam menos individualistas, e mais perceptivas em relação a tudo o que nos cerca.
Quando a crise vier, vai ser grave para todo mundo. Mas para quem está excessivamente conectado ao sistema vai ser muitíssimo pior.

domingo, 6 de abril de 2014

Preparação e crianças

Eu sou pai de um menino de 2 anos. E nas minhas preparações, tenho que levar em conta este fato. Além dos suprimentos para os adultos, tenho que levar em conta também o que meu filho vai precisar. Existem diversos artigos que devem ser estocados e diversas situações devem ser pensadas por quem tem filhos entre 0 e 7 anos de idade.
Para começar, a forma física deve estar em dia, especialmente se um deslocamento for necessário. Em cenários de crise, o uso de carros provavelmente vai estar comprometido, principalmente nas grandes cidades, por conta da situação de caos que certamente tomaria conta das ruas. E, veículos como motos ou bicicletas estariam fora de cogitação, por ser impossível levar crianças de colo ou muito pequenas. Então, você vai ter que andar, e como as crianças tem menor resistência a longas caminhadas, durante boa parte delas você vai ter que carregá-las. Meu filho pesa uns 14kg. Se eu tiver que carregá-lo e mais uma mochila de sobrevivência, serão uns 20, 25kg. Um esforço desses exige um bom preparo físico, ainda mais que, num cenário de crise, também há o estresse, que diminui a resistência do corpo humano.
No caso das crianças mais novas, artigos como fraldas descartáveis, lenços umedecidos, pomadas contra assaduras devem ser incluídos na preparação. Se a criança ainda está sendo amamentada, existe uma menor preocupação com a alimentação. Mas mesmo assim, certos itens devem ser estocados, como papinhas liofilizadas, leite em pó. Não sou à favor daquelas geleias em pote como alimentação para crianças, mas mesmo assim, é bom colocá-las nas preparações. Melhor algum alimento que nenhum. No caso particular do meu filho, que parou de se amamentar muito cedo, ainda tenho que me preocupar em estocar o leite especial que ele consome. Seria muito bom se no seu refúgio, as crianças tivessem acesso à frutas e verduras. Mas devemos lembrar que, em situações de crise, o objetivo é sobreviver com o que se tem à mão. Manter frutas e verduras frescas por muito tempo é impossível. Portanto, se não for possível o acesso à elas, pelo menos frutas e verduras em conserva devem estar nas preparações. Melhor do que não ter nenhuma.
Outra questão interessante é a vestimenta. Como as crianças estão em fase de crescimento, é importante estocar roupas e sapatos com números maiores do que os que eles usam. Em situações normais, as crianças costumam ganhar muita coisa dos parentes, e, da mesma maneira que se faz com alimentos, pode-se fazer um sistema de rodízio para a vestimenta. Pode-se ir comprando mais roupas e as que se perdem podem ser doadas para crianças carentes. Ou se pode sempre guardar, pois quem sabe surgirá outra criança no seu núcleo.
Remédios com dosagens específicas para as crianças também devem ser incluídos na preparação. Você deve saber que problemas de saúde o seu filho poderia ter. Fazer um teste de alergias pode dar uma noção de que remédios, como por exemplo anti-histamínicos, você deve estocar.
As crianças são criaturas muito ativas e tem que se manter ocupadas com alguma coisa. Inclua então nas preparações brinquedos e jogos. Será extremamente benéfico para elas, e para você também. Dá para, pelo menos durante alguns momentos, relaxar um pouco brincando com elas.
Imagino que crianças mais velhas, com 4, 5, 6 anos, começam a ser menos preocupantes no quesito alimentação, pois elas certamente poderão consumir sem muito prejuízo o que os adultos consomem.
Nunca devemos esquecer que durante a crise, o que importa é sobreviver. Deveremos esquecer os confortos do mundo moderno, pois, dependendo da natureza da crise, podemos ficar muito tempo sem eles. Talvez até para sempre.
Imagine sempre o pior cenário de crise. Esteja preparado para ficar um longo tempo sem um sistema "organizado" como o de hoje. Se não for tão ruim assim, estaremos no lucro.

sábado, 5 de abril de 2014

Sobre ETs e invasões

Outro dia, estava revendo um filme estrelado por Tom Cruise, Oblivion. O filme retrata a invasão de uma forma de vida artificial que, entre outras coisas, quer se apoderar de nossos recursos, particularmente a água, e também nos exterminar. Existem muitos outros filmes nessa linha, como Imvasão do Mundo - A Batalha de Los Angeles, Independence Day, Batleship. Mas todos invariavelmente retratam uma invasão militar extraterrestre, tanto para nos exterminar como para roubar nossos recursos, ou nos colonizar.
Eu adoro filmes sobre esse tema. Mas, na minha opinião, uma invasão destrutiva é extremamente improvável.
Em primeiro lugar, vem a questão dos recursos. Porque invadir um planeta habitado por uma raça inteligente e hostil, que possui uma tecnologia capaz de criar explosivos nucleares? Que recursos seriam exclusivos da Terra?
A água é um dos recursos mais abundantes do Sistema Solar. Um extraterrestre que se preze nem precisaria passar da órbita de Plutão. Além do Sistema Solar, existe a nuvem de Oort, que possui milhões de grandes pedras de gelo. Eventualmente, uma delas passa perto do Sol, e por isso as chamamos de cometas. Mas, vamos supor que eles quisessem água de um corpo planetário. As luas de Saturno e de Júpiter, particularmente Europa, tem muita água. Talvez em Europa exista até um oceano em estado líquido por baixo da camada de gelo que cobre o satélite. E, até onde se sabe, não existe vida inteligente nesses corpos celestes. E, ainda por cima, a água estaria muito mais limpa.
No espaço, existem todos os minerais que existem na Terra, e, elementos que na Terra são considerados raros, como o lítio, no espaço eles são abundantes. Então mais uma vez, porque os extraterrestres se arriscariam a topar com uma bomba atômica se eles poderiam dispor dos elementos de que precisam no espaço?
Talvez então uma raça quisesse escravizar a humanidade. Mais uma vez não seria lógico. Primeiro por que uma raça que tivesse a capacidade de viajar pelo espaço interestelar teria uma tecnologia desenvolvida o suficiente para não precisar de mão-de-obra escrava. Além disso, seríamos trabalhadores ineficientes, difíceis de alimentar. Sem falar que, durante o processo de conquista, eles correriam riscos. Não valeria a pena.
Talvez os extraterrestres quisessem produtos exclusivos da Terra, como o petróleo. Mas, para que? Certamente viajantes do espaço interestelar não precisariam de petróleo. Imagino que, em seu nível tecnológico eles não teriam motores à explosão.
Quem sabe uma raça belicista poderia usar a Terra como um campo de treinamento, para testar as suas armas contra nós. Mas, é muito provável que uma raça assim destruiria a si mesma antes de alcançar as estrelas. Porque as energias usadas para percorrer grandes distâncias no espaço são gigantescas. E se uma raça acostumada a guerrear contra si mesma tivesse acesso à essas energias, certamente as usaria como arma.
É bem possível que uma raça que seria capaz de viajar pelas estrelas tenha atingido o nível tecnológico que a permitisse transmutar elementos. Logo, buscar elementos no espaço seria desnecessário. Invadir planetas então, nem se fala.
Portanto, o sobrevivencialista deve desconsiderar uma invasão alienígena como perigo. Nós representamos muito mais perigo para nós mesmos. Este planeta está entupido de bombas atômicas, pois os arsenais das potências nucleares ainda tem milhares de bombas, apesar do fim da Guerra Fria. Isto sem falar na poluição, nas mudanças climáticas, na superpopulação. E se algo vindo do espaço pode nos ameaçar, são os asteroides.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O pior cenário

Nesses últimos dias, o supervulcão de Yellowstone ganhou a atenção da mídia, pois este começa a dar sinais de que quer acordar de seu sono de mais de 600 mil anos Os cientistas que estudam este tipo de fenômeno garantem que não há risco imediato de uma erupção. Mas, a Natureza tem o péssimo costume de desmentir todo mundo.
Um supervulcão, como o de Yellowstone, preocupa porque, caso ele acorde, pode destruir uma grande área nos EUA, e colocar material suficiente na atmosfera para ocultar o Sol por uma década. Eis as consequências:

O planeta sofreria um resfriamento intenso, num curto espaço de tempo. Seria algo comparável com uma Era Glacial. Muito provavelmente, as regiões mais próximas aos polos se tornariam inabitáveis, e mesmo as mais próximas do Equador, sofreriam com o frio. Veríamos fenômenos peculiares, como a neve no Nordeste. Além disso, o nível dos oceanos baixaria, com o aumento da quantidade de gelo.
Sem luz solar, a mortandade de plantas e animais seria imensa. Alguns cientistas acham que tal coisa poderia alterar de maneira significativa a composição do ar, posto que os principais geradores de oxigênio na Terra, que dependem da fotossíntese, morreriam massivamente. Outros dizem que uma década é muito pouco tempo para que haja alguma mudança significativa. Mas, a morte das plantas e dos animais que delas se alimentam causariam a fome em grande escala. As culturas mais importantes, como arroz, milho e trigo precisam de muita luz solar para se desenvolverem.
A erupção varreria os EUA e porções do México e Canadá do mapa. Milhões morreriam pela explosão e pela ejeção de cinzas superaquecidas. Tudo seria coberto por uma camada de mais de 5m de cinzas. Isso sem falar nas rochas expelidas, que seriam verdadeiros meteoros, destruindo muita coisa aonde caíssem. O barulho de tal explosão provavelmente seria ouvido em todo o planeta. As ondas de choque e terremotos também seriam devastadores, podendo derrubar prédios e até mesmo aviões.
Mas nada seria mais devastador do que o impacto psicológico. Imagine viver num mundo aonde não há luz do Sol, aonde toda a vegetação está morta. Saber que milhões de pessoas simplesmente desapareceram e que as perspectivas para o futuro não são animadoras. O frio, a fome e as doenças matariam bilhões. Na maioria dos possíveis cenários de crise, pelo menos haveria luz do Sol, e de uma maneira ou de outra, daria para se virar para matar a fome. No caso da erupção de um supervulcão, a única chance de sobrevivência talvez fosse um bunker. Mas que bunker está preparado para manter pessoas por uma década, talvez até mais? Nós, preparadores brasileiros, poderíamos sobreviver num cenário de frio extremo (para nossos padrões)? Diante de uma mudança tão radical, talvez fiquemos um pouco melhor que os outros, por um certo tempo. Mas, como faremos para repor nossas reservas alimentares?
Muitos dos modelos de fornecimento de energia fora da grade são compostos por painéis solares. Em um cenário assim, eles iriam todos para o beleléu. Até mesmo as pilhas e baterias duram bem menos no frio. Como fazer?
Mas é possível que os efeitos não sejam tão severos assim, pelo menos os efeitos pós-explosão. A Natureza tem um incrível poder de recuperação. Talvez a temperatura não caísse tanto e que o Sol não ficasse tanto tempo oculto. Ou que a oclusão fosse apenas parcial.
Se algo assim vier a acontecer, toda a humanidade correrá um sério risco. Mesmo nós, sobrevivencialistas, seríamos levados ao limite.
Gostaria de deixar então a pergunta: O que você faria diante de um cenário desses? Sem luz do Sol, com frio, sem ter como repor as reservas alimentares. Desesperador, não?