sexta-feira, 1 de abril de 2016

Sobre Gripe

No estado de São Paulo, nestas últimas semanas, o número de casos de gripe relacionados ao vírus H1N1 subiu de forma vertiginosa, meses antes da época que é considerada o auge deste tipo de doença. Os hospitais estão superlotados (há casos registrados de tumultos por causa da demora no atendimento). E, para completar, o remédio para esta gripe, o Tamiflu (cuja eficiência no combate ao H1N1 tem sido questionada), não é mais encontrado nas farmácias.
Diante da situação atual do país, que se encontra em uma grave crise política e econômica, tal fato se torna ainda mais assustador. Primeiro porque o desenrolar destas crises ocupam de tal maneira o noticiário, que o H1N1 não tem despertado a atenção devida. Além disso, se agora os hospitais já não conseguem atender os casos atuais, o que acontecerá se o auge no número de casos realmente se der no inverno? Esta é uma doença que se espalha muito rápido (já há o registro de casos em 11 estados, com 45 mortes relacionadas ao vírus). O país não está, de forma alguma, preparado para uma explosão de casos dessa doença, ainda mais com as epidemias do trio de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Embora seja uma doença muito perigosa, se prevenir é muito fácil. Higienizar as mãos, preferencialmente com álcool em gel, evitar locais fechados com grande quantidade de pessoas, alimentação correta e exercícios físicos ajudam a diminuir consideravelmente a possibilidade de contágio.
De qualquer maneira, é importante acompanhar a evolução da doença nos próximos meses. O H1N1 é um vírus com um comportamento imprevisível, e, apesar das dúvidas em sua eficiência, ter algumas caixas de Tamuflu em  suas preparações é uma medida que deve ser tomada. Ainda é possível encontrar o medicamento em regiões que não foram atingidas pelo surto.
Embora seja grave, este surto de H1N1 não parece ser (pelo menos por enquanto) algo que exija a adoção de medidas extremas. Mas, como disse antes, é bom acompanhar com atenção. Afinal, este surto pode, em pouco espaço de tempo, deixar de ser algo controlável e se transformar na tão temida SHTF que tanto nos preocupa.