quarta-feira, 25 de junho de 2014

Livros Interessantes

Olá amigos.

Segue uma série de livros que eu indicaria porque, de uma forma ou de outra, as suas estórias envolvem caos, sobrevivencialismo e preparação. Alguns deles podem soar bem plausíveis, como as cada vez mais intensas e devastadoras mudanças climáticas. Outros, até mesmo por terem sido escritos na primeira metade do século XX, soariam totalmente impossíveis. Mas uma coisa que todos tratam com maestria é a reação das pessoas à queda da civilização e a luta pela sobrevivência num mundo totalmente novo e imprevisível.
Alguns deles foram transformados em filme, com resultados que vão do sensacional (A Estrada) ao bisonho (O Dia Depois de Amanhã). Valerão muito à pena as horas gastas na leitura dessa lista abaixo:

- Devastação - René Barjavel
- Ensaio Sobre a Cegueira - José Saramago
- Eu Sou a Lenda - Richard Matheson
- O Dia Depois de Amanhã - Whitley Strieber
- Fugindo do Caos - Poul Anderson
- A Estrada - Cormac McCarthy
- O Colapso de Tudo - John Casti

Este último livro não é um romance, mas uma análise sobre possíveis problemas que poderiam ameaçar a humanidade, e que são causados unicamente pelo próprio homem. Imagino que todo sobrevivencialista já deva ter ouvido falar deste.
Quem tiver lido outros livros que tenham alguma coisa em comum com sobrevivencialismo, por favor, compartilhe.

Pandemia, OMS, MSF e o que não sabemos

Temos acompanhado nos noticiários internacionais o mais recente surto de Ebola, no oeste da África. Países como Mali, Serra-Leoa, Guiné e Libéria estão sendo infectados com a mais extensa epidemia da doença já vista neste século. O que é realmente perturbador não é a doença em si, mas a maneira como as organizações internacionais estão lidando com isso. Em 2012, Uganda foi atingida por um surto de Ebola. O MSF (Médicos Sem Fronteiras) treinou equipes médicas ugandenses e construiu instalações que possibilitaram não só o controle do surto, como também a possibilidade de conter novos problemas no futuro. A pergunta chave é porque tal organização, que é financiada por doações de países que tem interesses na área do atual surto, como a França, não tomou medidas semelhantes nos países africanos atualmente afetados pela doença?
Vejamos o exemplo de Mali. Este país tem unidades militares francesas em seu território. É um país chave para as ambições do país europeu no continente. A França investe milhões de euros para manter as chamadas "operações militares em prol da democracia e direitos humanos". Então, porque não usar uma pequena parte desse dinheiro para, como foi feito em Uganda, para proteger a população deste país contra surtos de doenças mortais? E porque a OMS (Organização Mundial da Saúde), ao detectar os surtos, não mandou imediatamente equipes especializadas (como aparece nos filmes de Hollywood) para lá?
Nós, ocidentais, somos manipulados pela mídia e acreditamos que, em caso de surtos de doenças mortais, estas organizações internacionais vão agir imediatamente, em qualquer lugar do mundo, afim de proteger a humanidade de algo realmente grave. Mas na verdade, a realidade é muito mais complexa, e muito mais cruel.  Vamos imaginar algumas situações:

1) Um surto de influenza na Coréia do Norte.

Como qualquer organização mundial (quer dizer, ocidental, ou seja OMS ou MSF)  iria entrar no país mais fechado do mundo, para conter o que quer que seja? Mesmo que houvesse pressão dos aliados norte-coreanos, como a China, para que tal medida fosse tomada, não seria algo imediato. Poderia demorar semanas e haveria, sem dúvidas, o risco de tal doença se espalhar pela Ásia. A Coréia do Norte é bastante isolada, mas não é 100% fechada. Nada impediria por exemplo que eventuais turistas (há algumas visitas guiadas ao país) ou diplomatas viessem a ser contaminados com o vírus e o levassem para seus países de origem.

2) Experiências?

Voltando ao caso do Mali. Quando vemos a negligência francesa ao não proteger minimamente a população de sua "colônia" africana parece haver algo mais sinistro no ar. Infelizmente não há método mais eficiente de se estudar o comportamento de uma doença do que deixando-a disseminar-se em uma determinada população. Sabemos que as grandes potências mundiais muitas vezes já usaram (e ainda usam) determinadas populações como verdadeiras cobaias. O exemplo máximo disso foi o ataque americano à Hiroxima e Nagasaki. Não havia nenhum motivo para tal ataque, a não ser testar os efeitos da bomba atômica em cidades reais, com populações reais.
Porém, deixar propositalmente uma doença se espalhar em uma população é uma extrema irresponsabilidade. E quem está fazendo isso pode pagar caro depois. Quem garante que tal doença não se torne incontrolável? Quem garante que um vírus Ebola não possa adquirir a capacidade de ser transmitido pelo ar? A verdade é que se conhece muito pouco sobre o Ebola. Existe a possibilidade de que tal vírus seja produto não da Natureza, mas do homem? A forma como as potências estão agindo nessa crise parecem reforçar isto. Mas, pensando bem, é melhor não supor nada. Só o fato de não ajudar as populações atingidas por esta doença já é grave o suficiente.

3) SARS e mídia

As reações desequilibradas da mídia em relação à esta e outras doenças à princípio podem parecer exagero. Mas na verdade, parecem ser feitas de forma totalmente premeditadas. Se a mídia alardeia que um surto de SARS pode virar uma pandemia mundial, que estamos todos em grande perigo, mas que depois os casos da doença são relativamente poucos, isso vai levar a população em geral a agir da seguinte maneira:
- Nunca mais vão acreditar em notícias alarmantes sobre surtos de doenças
- E, se não acreditam mais em surtos de doenças, provavelmente não lerão as notícias sobre o atual surto de Ebola e o sofrimento pelo qual populações pobres da África Ocidental estão passando. Ao fazer isso, a poderosa opinião pública, que poderia exigir ações mais enérgicas para combater a doença, ficará inativa. E as grandes potências mundiais continuarão, na surdina, a fazer o que bem entenderem em muitos lugares do mundo.
Se você sair na rua hoje e perguntar às pessoas se alguém sabe que um surto de Ebola está em curso na África, certamente a maioria mostrará desconhecimento. E, mesmo as que possam vir à saber farão pouco caso.

O que quero dizer com tudo isso é que não podemos confiar em nada. Que, em caso do surgimento de doenças contagiosas, cada área do mundo terá um tratamento, de acordo com sua importância no cenário geopolítico. É irresponsável pensar dessa maneira. Com o mundo tão interligado, alguém contaminado com qualquer doença pode estar em qualquer lugar do mundo em um dia. Mas, os poderosos ainda não aprenderam que as doenças não escolhem ricos ou pobres. Sabemos muito pouco. Afinal só começamos a estudar mais seriamente os seres vivos há poucas décadas. A Natureza está há milhões...
Dependeremos exclusivamente de nossa sensibilidade para perceber potenciais perigos.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O Uso da Água

Antes de começar este post, gostaria de dizer que eu penso e ajo como preparador. Eu tenho um refúgio, aonde tenho estocado diversos itens que podem garantir a minha sobrevivência e a do meu núcleo. O meu núcleo são os meus familiares mais próximos, que acreditam que a preparação pode nos salvar de problemas muito sérios. Porém, temos a consciência de que, por mais preparado que se esteja, dependendo do tipo e da extensão da crise, não há garantias de que tudo dê realmente certo. Mas as chances de sobreviver são bem maiores para quem se prepara. Talvez não testemunhemos cenários de crise gravíssimos durante nossas vidas. Ou talvez este cenário comece agora, ou no mês que vem...

Lendo vários posts sobre o uso da água durante um cenário de crise, em vários dos grupos sobrevivencialistas nas redes sociais, vi várias interpretações. Uns defendem que a quantidade usada teria que ser de apenas 2 a 3 litros por dia, o que é o suficiente para manter uma pessoa hidratada. Já outros pensam também em outras necessidades, como higiene pessoal, por exemplo. Um simples banho, de 5 minutos consome algo em torno de 40 litros de água.
Devemos levar em consideração que, tempos de crise exigirão uma alteração de rotina. A prioridade sempre será a água para beber. Ter um estoque de água potável nas suas preparações é indispensável. Eu opto por armazenar galões de 20 litros de água mineral. Como este tipo de água tem um certo tempo de validade, faço rodízio. Construímos várias cisternas para captação de água das chuvas. Sempre as mantemos cheias, nem que para isso, durante a estação seca, precisemos comprar água de carros-pipa. A água das cisternas pode servir para consumo, mas só depois de ser devidamente purificada. Por exemplo, hipoclorito de sódio é um excelente purificador. É a nossa reserva de água potável quando os galões de água mineral acabarem.
Banhos são indispensáveis, assim como a limpeza dos cômodos.Aprendemos a fazer tudo isso usando o mínimo de água possível. No banho, eu me molho, fecho a torneira, me ensaboo, abro a torneira o suficiente para o enxague e pronto. Na limpeza dos cômodos, basta um balde com água e desinfetantes.E, embora não seja confortável, optamos por não usar vasos sanitários em tempos de crise.Seis litros de água por descarga é um luxo que devemos dispensar. Faremos nossas necessidades ao ar livre e as enterraremos. Para quem não tem espaço, uma ideia interessante pode ser uma caixa de areia, semelhante a que gatos usam. Como eu já disse, não é nada legal, mas melhor assim que perder litros de água preciosa. Em relação à lavagem de roupas, faremos tudo manualmente. As máquinas de lavar consomem água demais e também energia, que em muitos cenários pode não estar disponível.
E, de acordo com a disponibilidade de água e sempre tendo em mente que o mais importante é a água para beber, reduziremos a frequência dos banhos e da lavagem de roupas. E a limpeza terá que ser feita exclusivamente com detergentes.
Devemos lembrar que existem inúmeros níveis de crise. Mas o preparador deve pensar sempre no pior caso. Blecautes generalizados ou colapso da internet são acontecimentos bem improváveis, mas não impossíveis. E pensar em como usar e armazenar a água pode ser a diferença entre sobreviver ou não.

PS - Muitos alimentos tem água na sua composição, o que pode ajudar na hidratação.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sobre Diversão e Sanidade Mental

Pode parecer estranho para muitos sobrevivencialistas/preparadores mas eu coloquei nas minhas preparações brinquedos, jogos, livros e revistas de entretenimento e infantis e até mesmo alguns cds de música e também alguns dvds de filmes e shows, embora reconheça que, em caso de um cenário de crise no qual haja interrupção no fornecimento de energia, estes dois últimos jamais seriam usados.
Porque fiz isso?
A preparação é feita tendo em mente um refúgio no qual estarão armazenados todos os itens necessários para a sobrevivência, por um período que pode variar entre semanas e meses. Como manter a sanidade numa situação assim? Temos que encarar que o refúgio vai ser, de certo modo, uma prisão. Mesmo se for um local distante dos grandes centros e bastante isolado, não se deve dar sopa para o azar tendo atitudes que chamem a atenção. E se o seu refúgio for um apartamento ou casa na cidade, este cuidado deve ser redobrado. Na verdade, o preparador ficará submetido à uma longa espera. E é humanamente impossível ficar vigilante todo o tempo. E se o preparador foi pai de crianças? Como mantê-las distraídas e quietas?
A diversão, mesmo que por pouco tempo, mantém a sanidade mental. Uma boa leitura, ou alguns momentos entre amigos com um jogo divertido manterão a coesão do grupo. Manter as crianças ocupadas com brinquedos e brincadeiras as farão superar mais facilmente o enclausuramento. Diante de uma situação tensa, a diversão é uma válvula de escape fundamental. Sem ela, certamente surgiriam atritos entre os membros do grupo e as crianças ficariam incontroláveis. Será muito mais difícil manter-se no mesmo lugar. O tempo parecerá passar muito mais devagar.
Lembrem-se: A diversão é fundamental. Mas, diante de um cenário de crise, deveremos nos divertir com extrema responsabilidade e dentro de certos limites. Uma bola quicando pode chamar atenção demais, se isto for feito na hora errada.
Pensem nisso! E boa noite!


sexta-feira, 13 de junho de 2014

A Copa e a manada

Ontem começou o campeonato mundial de futebol, conhecido como Copa do Mundo. 32 seleções lutando pela taça e pelo título mais importante do esporte mais popular do mundo. Aqui no Brasil, 9 em cada 10 pessoas estão torcendo pela Seleção. E 9 em cada 10 notícias nos telejornais, sites e outros meios de comunicação são sobre a Copa. De uma hora para outra, esquece-se dos problemas do país. Parece que o Congresso parou, as decisões realmente importantes pararam. Parece que durante o mês do torneio, o povo não pensa em outra coisa. Tem uns tais black blocs querendo atrapalhar a grande festa, mas a polícia está dando cabo deles. Milhares de turistas estão aqui, se divertindo, vendo os jogos, nos estádios com alguns probleminhas, mas nada que estrague a festa. Nem se percebe que há muita tensão, tanto no Oriente Médio, com o grupo extremista EIIL cada vez mais próximo dos centros produtores de petróleo iraquianos e caso cheguem lá, tem o poder de deter a frágil recuperação econômica mundial após a crise de 2008, quanto no Mar da China, com a disputa entre China e Japão em relação as Ilhas Senkaku/Diaoyu, com ações militares cada vez mais provocativas. Greves, desastres naturais, assassinatos, guerras, doenças, isso tudo parece pertencer a outro mundo.
É esse o poder da mídia. Como um evento pode absorver o senso crítico das pessoas? Como um jogo pode nos deixar totalmente desarmados? É impressionante ver as ruas praticamente vazias na hora do jogo. Eu, confesso, estava lá, entre os milhões de torcedores, xingando, comemorando, torcendo. Mas, diferente de outros anos, não consigo mais me desligar do mundo. No intervalo do primeiro para o segundo tempo fiz uma varredura rápida da situação mundial, nos sites de monitoramento. Poucos, pouquíssimos pensariam em qualquer coisa que não estivesse relacionada ao futebol.
A Copa demonstra que temos o comportamento de manada. Mostra que, no final das contas, somos controlados pela mídia. Mostra como somos facilmente manipulados. E como é difícil se manter racional e ficar atento num cenário desses. Mostra que um grupo de pessoas mal intencionadas pode, num intervalo de duas horas, assumir o controle do país, pode aplicar um golpe contra o governo, pode planejar e executar um atentado contra centros de distribuição de energia, refinarias e outros alvos que, se nos dias comuns são vulneráveis, em dias de Copa, mesmo o torneio sendo realizado aqui, as forças de segurança estão totalmente voltadas para o evento e estão deixando esses "calcanhares de Aquiles" mais desprotegidos que de costume.
Neste ano, embora muitos (eu inclusive) estavam planejando não assistir aos jogos do Brasil, não há como resistir ao apelo da Seleção. Você sabe que, neste momento, não é hora de pensar em futebol, que o país tem sérios problemas, que muita gente neste momento está sofrendo porque estão doentes nos hospitais públicos, porque perderam suas casas nas enchentes. Mas simplesmente você não resiste. É um poder incrível. Graças a Deus, a Copa só acontece a cada 4 anos. E graças a Deus, nenhum outro evento tem tamanho poder de atração.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Analisando - Apocalipse - Terrores Futuros

Recentemente vi um vídeo do History Channel, chamado Apocalipse - Terrores Futuros.
Procurei analisar os pontos positivos e negativos deste vídeo. De modo geral, eu o achei sensacionalista demais em alguns pontos, mas totalmente verossímil em outros.
O vídeo cita cinco possíveis motivos de apocalipses que poderiam acabar com a raça humana:

Apocalipse Zumbi
Invasão Extraterrena
Apocalipse Robô
Apocalipse Cibernético
Apocalipse do Ápice do Petróleo

Apocalipse Zumbi

Este é, sem dúvida, o mais improvável. Os exemplos que o vídeo usa para sustentar a possibilidade de zumbis tomando conta do planeta são falhos. Na verdade, há até uma confusão sobre o que é exatamente um zumbi. Hora são mortos-vivos, hora são pessoas infectadas por doenças que as privam da capacidade de pensar e as transformam em canibais. Mas as doenças citadas, como a DCJ, que é causada por uma proteína chamada prion, a mesma que causa a doença da Vaca Louca, não é transmissível de pessoa para pessoa, atinge geralmente pessoas mais velhas e causa demência, não loucura. E as dicas que o especialista da Sociedade Americana de Estudos Zumbis chegam à beira do ridículo.

Invasão Extraterrena

No vídeo, os possíveis extraterrestres são tratados como invasores hostis, que querem destruir a Terra, tomar nossos recursos e nos escravizar. Mas algumas justificativas para estas atitudes dos ETs são, na minha opinião, totalmente sem sentido. Dizer que a água é o elemento mais raro do Sistema Solar mostra um total desconhecimento sobre fatos astronômicos. Orbitando Júpiter e Saturno, e também na porção externa do Sistema Solar, existem incontáveis fontes de água, na forma de gelo. É muito provável que no satélite jupiteriano Europa exista até água em estado líquido, inclusive num estado muito mais puro do que as nossas relativamente insignificantes reservas do líquido. Outra questão interessante é porque uma raça extraterrestre, com tecnologia para explorar o espaço interestelar iria querer usar escravos? A mão de obra robótica, ou quaisquer outras criadas com essa tecnologia superior seria infinitamente mais eficiente do que escravos, que trabalhariam contra a vontade e poderiam até se rebelar...

Apocalipse Robô

Ao contrário do que diz o vídeo, ainda não há meios de se programar computadores para simular o funcionamento do cérebro humano. Ainda não há uma maneira de ensinar à um robô o que é contexto, o que é certo ou errado. Não há ainda nenhuma maneira de ensinar à um robô o que é exatamente um ser humano. Ainda estamos muito longe se ensinar à um robô ou computador conceitos abstratos, como humanidade, paz, justiça, maldade. Os nossos smartphones, que entendem comandos de voz não são, de maneira alguma, uma mostra de inteligência artificial. Talvez o mais longe que chegamos nesse campo sejam as reações aparentemente aleatórias de personagens de jogos controlados por computadores. Mas todos estes comportamentos estão dentro das linhas de código inseridos em sua programação. Mas, eu acredito que muito em breve o homem encontrará maneiras de imitar o comportamento do cérebro, com consequências inimagináveis. Os militares certamente são os mais interessados em inteligência artificial pois isso permitiria ataques sem colocar vidas humanas em risco (não pelo valor da vida, mas do investimento que é feito para se treinar um piloto de caça,, por exemplo, que é da ordem de milhões de dólares em horas de voo e equipamentos) e sem depender de humanos em nenhum momento. Mesmo os drones são pilotados à distância por seres humanos.
Os nanorrobôs parecem ser o futuro da Medicina e é bem possível que algum erro aconteça, que alguma experiência dê errado e que eles possam vir a causar problemas. Mas ainda serão necessários muitos e muitos anos de pesquisa para que tal coisa se torne realidade.

Apocalipse Cibernético

Eis uma possibilidade bem real. Todos os anos, milhares de novos vírus, worms e cavalos de tróia são criados para infectar computadores mundo afora. As consequências desses ataques podem variar de pouco danosas à extremamente prejudiciais. Muito provavelmente os EUA e Israel foram realmente os responsáveis pelo worm Stuxnet, que danificou as centrífugas de enriquecimento de urânio do Irã. Mas, ao contrário do que o vídeo sugere, este feito não destruiu as ambições iranianas no que diz respeito à bomba atômica. Pode até ter causado um baque significativo nos avanços iranianos, mas a essa altura, tais centrífugas certamente já foram substituídas ou consertadas. O que é assustador e que, se um programa malicioso foi eficiente ao destruir determinadas instalações industriais, outros programas podem ser desenvolvidos para, por exemplo, infectar os computadores que controlam o sistema financeiro, aviões, usinas nucleares, distribuição de energia e várias outras funções críticas para o funcionamento de uma cidade, país e até mesmo do planeta. Nisso, concordo totalmente com o vídeo. Embora os métodos de defesa contra tais ameaças, especialmente em países desenvolvidos, sejam muito eficientes, nada até hoje teve 100% de eficácia. Talvez um ataque dessa natureza seja uma questão de tempo. E suas consequências podem realmente ser muito sérias. E, à medida em que tudo fica mais interligado, mais e mais brechas são criadas para ataques dessa natureza.
Um outro tipo de ataque citado no vídeo, que usa um Pulso EletroMagnético para desabilitar sistemas elétricos também é uma ameaça bastante séria. E, embora uma bomba nuclear seja o principal e mais potente meio de se criar um PEM, não é o único. Existem dispositivos que podem gerar PEMs usando bobinas e explosivos convencionais. Embora estes não tenham o poder de destruir todos os equipamentos eletrônicos de uma cidade, eles poderiam ser usados em pontos vulneráveis, como pontos de distribuição de energia elétrica e causar blecautes em escala nacional. Muitas nações anti-ocidentais e até mesmo grupos terroristas podem ter em seus arsenais bombas atômicas, possivelmente extraviadas da antiga União Soviética. Resta saber se após 25 anos, tais dispositivos ainda seriam operacionais. Tais dispositivos poderiam realmente destruir toda a eletrônica de uma cidade, ou até mesmo de um país. O experimento Starfish Prime, que consistiu em detonar uma bomba atômica sobre o Havaí, a 400km de altitude causou inúmeros transtornos, numa época em que quase nada era realmente eletrônico. Se fosse hoje, as consequências poderiam ser muito graves. Neste ponto, o vídeo também está correto.

Apocalipse do Ápice do Petróleo

Muito embora haja uma busca por fontes de energia alternativa, o petróleo ainda será a principal fonte, não só de energia, mas também de diversos outros produtos. Existe petróleo em praticamente tudo que usamos. De uma simples caneta até um avião comercial, existem muitas partes plásticas ou polímeros que são originados da petroquímica. Portanto, o vídeo é extremamente coerente ao afirmar que uma queda na produção de petróleo poderia afetar o planeta de uma forma generalizada. Todos os aspectos da vida moderna, inclusive a produção de alimentos, ficaria comprometida. Vejam bem. O petróleo não precisaria acabar. Bastaria que a sua produção diminuísse. É uma bomba-relógio, porque, cedo ou tarde, o petróleo começará a ficar escasso. Concordo com o vídeo quando diz que talvez já estejamos diante de uma crise no abastecimento de petróleo..

Peggy Layton

Ela é uma preparadora mostrada no vídeo. Ela exibe a sua casa, e as suas preparações, como se fosse um belo troféu. Este tipo de atitude pode levá-la a, na hora da crise, ser alvo de gente desesperada por recursos. Portanto, nenhum sobrevivencialista/preparador deve agir dessa maneira, Discrição é fundamental. Nunca se deixe levar pela vaidade, pela vontade de aparecer. Seja discreto, sempre!

Assistam ao vídeo e vamos discuti-lo. Vale a pena!

Abraços!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A Cúpula do Poder e o Sobrevivencialismo

A atuação dos governos nas tragédias é, muitas vezes, na melhor das hipóteses, falha. Que o diga o que aconteceu na tragédia do furacão Katrina, nos EUA, em 2005, ou no tsunami no Japão e toda a questão envolvendo a usina nuclear de Fukushima, em 2011. Isso nos leva a crer que os governos estão despreparados e desatentos em relação à possíveis cenários de crise, seja localizada, seja global, que porventura possam acontecer. Parece ser essa a impressão que eles querem dar ao povo de seus respectivos países. E pior, dão a impressão às pessoas de que tragédias como esta são muito difíceis de acontecer e dão um jeito para que logo as pessoas esqueçam do passado.
Mas, embora não seja lá muito fã de teorias da conspiração à lá Illuminati e Rotschild, eu acredito que a estrutura de poder no mundo tem estado há séculos nas mãos de relativamente poucas pessoas. E são estes poderosos, ou seja, os representantes máximos de governos e empresas que estão muito mais preparados para potenciais crises do que qualquer sobrevivencialista/preparador.
Como já disse, muito embora os poderosos tendam a fazer pouco caso em relação à tragédias e cenários de crise, e, o que é pior, ridicularizar tais cenários e também as pessoas que se preparam, eles mesmos estão atentos a tudo o que acontece no planeta que possa vir a gerar qualquer problema. E se preparam de maneira intensa e eficiente.
Sempre vemos nos filmes de Hollywood que em caso de um possível ataque nuclear, o presidente dos EUA é removido para local seguro, geralmente um abrigo que o manteria à salvo das consequências de tal ataque. Algumas questões podem ser levantadas a partir disto:

1) Se o presidente e sua cúpula de poder podem ser removidos em caso de ataque nuclear, por que não o seriam em casos como pandemias, blecautes ou queda de asteroides?
2) Se o presidente pode ser colocado em um lugar seguro, porque os grandes empresários também não poderiam ter o mesmo destino?
3) Se o presidente americano pode ser colocado à salvo, porque não os presidentes de vários outros países, incluindo o Brasil? Quem pode me garantir que não existam aqui no Brasil instalações destinadas à este fim?

A maioria das pessoas nem vai ao menos perceber se uma crise muito séria nos atingir. E, quando se derem conta, a última coisa que estará entre suas preocupações será o que aconteceu com a cúpula do poder. Mas, não tenham dúvidas que, passada a crise, estas pessoas, que certamente estarão muitíssimo bem-estruturadas em relação aos sobreviventes de um evento dessa natureza, não tardarão a reorganizar os países de acordo com as suas vontades, e sem os obstáculos que a democracia e as leis exerciam antes. Nenhum grupo de sobreviventes, por mais preparado que esteja, poderá fazer frente aos recursos e organização de tal grupo. Certamente os poderosos manterão forças com poder militar. Podem até já ter à sua disposição avanços tecnológicos que diminuem ou eliminam a dependência em relação ao sistema, tais como meios de transporte muito eficientes que funcionam com energia elétrica, no lugar de combustíveis fósseis, bem como maneiras de produzi-los quando necessário.

Esta é uma opinião muito particular sobre o que poderia acontecer após uma crise grave. Eu acredito nisso. Mas muitos vão achar que isso tudo parece teoria da conspiração. Especialmente em relação ao grupo de pessoas na cúpula do poder há séculos. Seja lá como for, devemos nos preparar da melhor maneira que pudermos. E nunca, nunca mesmo, baixar a bola. Manter-se informado, com a mente aguçada e os sentidos alertas pode ser a diferença entre sobreviver ou não. Afinal, como já disse acima, muitas pessoas não entenderão que estão num cenário de crise até que seja tarde demais.