sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Eletricidade

Toda a nossa sociedade tecnológica nos dias de hoje está apoiada basicamente em...

Eletricidade!

Sem energia elétrica, tudo para. Praticamente tudo depende dela para funcionar, ainda que de modo indireto. Por exemplo, um carro é movido à combustível líquido. Mas, sem eletricidade, como bombear 50 litros de gasolina de um reservatório subterrâneo para o tanque?
Imagine como ficaria a sua vida sem internet, transações financeiras, semáforos, computadores, água nas torneiras, iluminação. Tudo isso depende da geração de energia elétrica.

Como temos acompanhado nos noticiários, por causa de diversos fatores, tais como a menor geração de energia por causa do baixo nível dos reservatórios hidrelétricos, aumento de consumo por causa do calor excessivo, o sistema elétrico brasileiro tem trabalhado muito próximo ao seu limite. O recente apagão em 11 estados brasileiros foi uma consequência disso. Segundo analistas, estivemos muito próximos de uma situação que deixaria o país sem energia por várias horas. As consequências poderiam ser desastrosas.
E para completar o quadro, ainda há o risco de que fatores externos, geralmente não levados em conta, interferirem no já delicado equilíbrio da rede elétrica brasileira. Sabe-se que o campo eletromagnético da terra está se comportando de maneira anômala. Sobre algumas regiões do planeta, como a América do Sul, o campo perde força. Em outras, como o Sudeste da Ásia, ele está ficando mais forte. O Sol também tem se comportado de maneira anômala, pois o atual máximo solar, embora mais fraco que os anteriores, está durando muito mais. Após semanas de uma relativa calma, diversas manchas solares apareceram e tem chance de gerar explosões que podem causar distúrbios eletromagnéticos na Terra. Qualquer perturbação vinda do espaço, por menor que seja, pode derrubar um sistema elétrico que opera no limite.

É bem possível que o governo consiga contornar a situação este ano. Afinal, já passamos por apertos no fornecimento de energia elétrica, como em 2001. Porém, temos que entender que as perspectivas para o futuro próximo não são animadoras. As chuvas estão abaixo da média sobre os reservatórios das usinas hidrelétricas e a previsão para os próximos meses é de que continue assim. Se permanecer assim, no fim do ano, e no começo de 2016 poderemos ter problemas que farão os atuais parecer brincadeira de criança.
Não existem soluções a curto prazo para o problema da água nas hidrelétricas. Ou chove a cântaros, ou passaremos aperto. Talvez seja a hora do governo investir em energia eólica. Em comparação com outras fontes, o investimento não é tão alto, as obras podem ser executadas mais rapidamente, e um parque eólico já pode começar a gerar energia mesmo que não esteja completo.

Seja com for, nós, sobrevivencialistas, devemos ficar atentos à situação energética e nos manter preparados. O tipo de crise pela qual passaremos será sobretudo econômica. Sem um fornecimento de energia confiável, fará com que não só os investidores se afastem do país, como outros negócios fecharão as portas. Mas também temos que pensar em como blecautes, ainda que de poucas horas, nos afetarão. Dependendo do local onde vivemos, poderemos passar por apuros. Numa grande cidade, sistemas de transporte, de controle de tráfego e iluminação pública entrarão em pane. Isso certamente facilitará a ação de malfeitores, ao mesmo tempo em que dificultará a ação das polícias. Ficar preso no trânsito, no metrô ou em um elevador são possibilidades reais.
E necessário, portanto, elaborar planos para saber que atitudes tomar nessas situações. Ressalto sempre que todo sobrevivencialista deve ter em mente, como filosofia de vida, ficar longe das maiores cidades. Mas se isto não for possível, ele deve estar preparado para agir em situações nas quais a cidade para.

Sorte para todos nós!

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