segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sobre apagões e o futuro

Eis uma consequência da crise hídrica. Hoje, tivemos um apagão controlado em vários estados brasileiros. Calor, consumo exagerado, lagos das represas em um nível muito baixo, falta de perspectivas de chuva. Tudo isso, aliado a falhas no controle da distribuição de energia fizeram com que o Operador Nacional do Sistema Elétrico optasse por esta alternativa.
O que preocupa é que não há perspectiva de melhora na situação hídrica, pelo menos para os próximos 30 dias. E até lá continuaremos no auge do verão, com temperaturas elevadas. E isso faz com que o consumo aumente. A possibilidade de racionamento de energia volta a se tornar uma ameaça real, como aconteceu em 2001. Desnecessário dizer as consequências, principalmente no campo econômico.
E o quadro para os próximos anos não parece nada promissor. Decididamente o clima está mudando. Os períodos de seca estão aumentando. A solução à curto prazo para tentar gerar mais energia, que são as termelétricas. Porém, a poluição que este tipo de usina gera contribui para o aumento da temperatura. E num país onde a maior parte da geração de energia vem das hidrelétricas, com a seca a perdurar, as termelétricas não serão suficientes para substituir a perda de geração de energia.
A verdade nua e crua é que estamos num beco sem saída energético. Se não chover, e muito, testemunharemos, além da crise hídrica, uma séria crise de energia.
A que ponto chegamos! Por pura falta de planejamento, os governantes pedem um milagre dos céus. Daqui a pouco vão importar índios americanos para fazer a dança da chuva...
O futuro descrito em documentários apocalípticos, sobre refugiados do clima, está deixando o terreno das suposições e começando a se tornar uma incômoda e real possibilidade...

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