sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Falta de Planejamento

Eis alguns fatos que aconteceram nos últimos dias:

1) Doze estados brasileiros foram atingidos por um blecaute, que durou cerca de 40 minutos. Os órgãos competentes divergem em relação aos motivos de tal acontecimento.
2) Não há soluções em um curto espaço de tempo para resolver a crise hídrica nas principais cidades do país. Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Brasília estão esgotando rapidamente as reservas de água, até mesmo aquelas que nunca tinham sido usadas, e que são de difícil recuperação.
3) Há extrema dificuldade em alguns locais daqui da cidade, de se fazer e receber ligações de celular, por qualquer uma das operadoras. E esta situação já dura mais de um mês, sem que qualquer solução seja apresentada. Na verdade, os usuários não têm qualquer tipo de informação em relação ao porque de tais problemas.

Os fatos descritos acima mostram que estamos numa situação complicada. Os governos, federal, estadual e municipal, não estão sendo capazes de gerenciar as crises que eles têm em suas mãos. Portanto, é necessário que os sobrevivencialistas intensifiquem a sua preparação. Como já disse em outros posts, espero sempre o melhor. Mas tenho que reconhecer que as atitudes tomadas por quem detêm o poder estão nos levando em direção a uma crise muito grave. Poderemos, ainda este ano, ficar com água e energia racionados (e sofrer com todas as consequências disso, inclusive econômicas), ter ainda mais problemas com a questão da segurança e talvez até mesmo, problemas mais sérios de comunicação. Tudo está sobrecarregado. Tudo é feito para maximizar o lucro imediato, sem planejamento para o futuro. E as soluções propostas para os inúmeros problemas, especialmente na questão hídrica, ou são paliativas, ou são projetos de longo prazo (e eficiência duvidosa). As soluções óbvias são esquecidas, pois são menos lucrativas. Um exemplo claro disso é que a energia eólica, se adotada no país, poderia suprir TODA a demanda por energia elétrica com sobras, a um investimento irrisório, quando se compara com outras fontes de energia como termelétricas e hidrelétricas. E ainda seria uma geração de energia com pouquíssimo impacto ambiental. 
Não temos dados precisos sobre o quão na corda bamba estamos. Mas não é preciso uma bola de cristal para perceber que muitos dos sistemas que mantém a sociedade funcionando estão operando muito perto do limite. 


Chego à conclusão de que os sobrevivencialistas têm muito mais lucidez ao preparar-se para contingências do que os que deveriam zelar por nós!

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