Quantas vezes já ouvimos essa frase ao longo de nossas vidas? Sempre que surge uma data em que algum profeta previu o fim do mundo, como a virada do ano 1999/2000 ou o fim do calendário Maia, em 21 de Dezembro de 2012, sentenças como essas são levadas mais ou menos a sério, e se tornam bem populares.
Bom, ainda estamos aqui. Mas a pergunta é:
Até quando?
2014 foi o ano mais quente no mundo desde 1808, quando se começou a fazer este tipo de medição. O clima está mudando. E não há como negar o fato. Um dos exemplos mais alarmantes disso é o que tem acontecido nos últimos meses no Brasil, onde cidades como Rio e São Paulo sofrem com a crise de seus sistemas de abastecimento de água, por conta da inédita estiagem. A degradação dos principais ecossistemas mundiais, as fontes de energia poluidoras e a falta de compromisso dos governos mundiais só pioram o quadro.
Aliados a isso, fatos como a crescente tensão entre muitos povos, por diversos motivos, como disputas por recursos naturais e fatores ideológicos, trazem incerteza e medo para os próximos anos. Podemos citar a recente crise ucraniana e os ataques israelenses à Faixa de Gaza como exemplos deste tipo.
A economia mundial, que ainda tenta se recuperar da crise de 2008 parece voltar a perder fôlego. A taxa de crescimento da China, o principal motor econômico mundial nos últimos tempos teve o seu menor valor em 24 anos. A baixa demanda dos mercados consumidores fez o preço do barril de petróleo fechar abaixo de 50 dólares em 2014.
Tudo o que tem acontecido leva a crer que neste e nos próximos anos teremos crises sucessivas, e cada vez mais graves. E não há vontade de se mudar o panorama. Uma mudança drástica no modo como a sociedade funciona não seria aceita pela maioria absoluta que lucra absurdamente com o atual modelo. E como estes detém o controle da população, através do poder da mídia, não haverá nenhum levante popular contra o sistema. Afinal, o sonho de felicidade da maioria das pessoas, inclusive das que eu conheço, é carro novo, casa, viagens, gadgets. Para elas, o governo logo vai resolver a crise da água. As chuvas logo virão. Terrorismo, isso é lá no Oriente Médio, com casos ocasionais na Europa e nos EUA. E quanto à economia, basta passar num concurso público para ficar imune à crise. E meio-ambiente, isso é coisa de ecochato...
Todo e qualquer alerta sobre os perigos que nos cercam não serão levados em consideração. Até ser tarde demais...
Um cientista disse, em tom de brincadeira, que o apocalipse não chegou em 2012, porque os maias não contaram os anos bissextos no seu calendário. Os dias a mais atrasariam o fim do mundo para meados de 2016...
Do jeito que vai, talvez não seja tão de brincadeira assim...
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