segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sobre vulnerabilidade e hackers

Os índices das principais bolsas de valores do mundo caem brutalmente no começo dos pregões na Segunda Feira. As ações das principais empresas perdem valor rapidamente. Isso gera uma avalanche de ordens de venda, pois os investidores querem evitar perder mais dinheiro. Logo, se descobre que tudo não passou de um erro, causado intencionalmente por vírus de computador. Mas, já era tarde demais. As quedas nas cotações foram tão grandes que todas as bolsas param. Esta aberto o caminho para uma crise econômica sem precedentes.

O piloto de um drone de ataque da Força Aérea dos EUA perde o controle sobre seu aparelho em um teste sobre o Mar do Norte. Este drone carrega duas bombas com alto poder de destruição. Sem poder fazer nada, o piloto vê o aparelho voando em direção à um navio cargueiro da Rússia, e fica aterrorizado quando o drone lança as suas bombas e atinge o navio em cheio, afundando-o e matando toda a tripulação. O drone foi hackeado. Embora os americanos tentem convencer os russos de que o que houve foi uma falha, estes não acreditam na explicação e a tensão entre os países aumenta à níveis que não se viam desde o fim da antiga URSS.

Em vários aeroportos no mundo, aeronaves caem a poucas centenas de metros das pistas. O sistema de navegação GPS foi desabilitado por hackers que acessaram os computadores que controlam os satélites e os fizeram acionar seus foguetes de manobra de tal maneira que a transmissão de sinais ficou totalmente prejudicada. Todos os voos comerciais no planeta foram cancelados.

Estas três situações descritas acima são possíveis e talvez nem tão improváveis assim. Se muitos creem que os sistemas comerciais, militares e governamentais são extremamente seguros, reconsiderem.
Muito embora todos esses sistemas sejam defendidos pelos profissionais especialistas em segurança da computação mais competentes do mundo, do outro lado há também verdadeiros gênios querendo sobrepujar as defesas computacionais e levar o caos à uma determinada organização, instituição, ou até mesmo, país. Governos como o norte-coreano e grupos terroristas como a Al-Qaeda certamente tem em seus exércitos guerreiros digitais bastante capazes.
Além disso, sempre há o inesperado. A NSA, agência de segurança nacional dos EUA, foi infiltrada, de dentro. Eduard Snowden, analista da referida agência, conseguiu divulgar para o mundo todo o programa americano de espionagem aos próprios aliados, entre eles Alemanha, Inglaterra e Brasil. Ele fez isso usando softwares de baixo custo bastante populares na Internet para acessar os documentos que circulavam na rede interna da agência. Ninguém esperaria que um "traidor" trabalhasse na NSA e por isso não  se preocuparam tanto com a eficácia das medidas de prevenção à acessos não autorizados vindos de dentro.
Quem garante então que hackers não possam ser contratados para trabalhar nas empresas ou governos que eles querem destruir? Quem garante que já não haja hackers trabalhando nas bolsas de valores, nas agências espaciais, nos centros militares?
Muito embora computadores, internet e GPS tenham trazido uma verdadeira revolução na maneira como o mundo trabalha, se comunica e se orienta, também aumentou o grau de vulnerabilidade. Há 40 anos, poucas pessoas sentiriam falta de um computador. A internet nem era conhecida. E a navegação se dava por bússolas, mapas, e nos veículos mais avançados, sistemas inerciais e radiofarol. Hoje, sem computadores e internet, não se poderia nem fazer uma compra em um supermercado. Todos os principais sistemas são controlados por computadores e internet. De transações bancárias à geração de energia. Sem GPS, muitos não saberiam se orientar nem nas suas próprias cidades, aviões e navios ficariam sem rumo.
A cada dia em que a tecnologia vai ficando mais complexa, também vai ficando mais vulnerável. Falhas que nem seriam notadas há 20 anos, hoje podem ser catastróficas. E os hackers, governos e grupos terroristas sabem disso.
Portanto, mantenham-se preparados e atentos. Sempre.

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