Atentados à sistemas de infra-estrutura, combates entre Forças Armadas e grupos fortemente armados, clima de insegurança total, problemas nos sistemas de abastecimento de água em muitas cidades, hospitais sobrecarregados, saques, sequestros, chacinas. Parece que estamos falando de países africanos ou de alguns da América Central, com suas intermináveis guerras civis. Mas não. Estamos falando do Brasil.
Paremos para pensar:
Em que cidades de países que não estão oficialmente em guerra é necessário o uso das Forças Armadas para tentar controlar certas áreas? Em que países os bandidos tem poder de fogo suficiente para derrubar helicópteros? O que seria dito de um país em que ações verdadeiramente terroristas incendeiam dezenas de ônibus nas garagens em diferentes cidades? O que dizer de um país que não está em guerra, mas que em suas cidades chegam a ser registrados mais de 200 assassinatos em um dia? O que dizer de um país em que no último mês de Março foram registradas mais de 20 explosões a caixas eletrônicos? Onde os bandidos conseguem explosivos potentes, armamento militar, e, acima de tudo, como conseguem gerenciar ações criminosas mesmo estando presos?
Tudo isso mostra que o Brasil a cada dia se torna uma terra cada vez mais sem lei, onde as forças policiais se tornam cada vez mais fracas e menos respeitadas, onde os criminosos se tornam cada vez mais fortes e mais temidos. Não está longe o dia em que uma ação criminosa pode causar prejuízos gigantescos. Com o acesso à armas e explosivos que eles tem, os bandidos podem por exemplo derrubar pontes, destruir aeroportos, sabotar centrais elétricas. Acha exagero?
As represálias dos bandidos à mortes de comparsas eram no máximo obrigar o comércio de seus redutos a fechar as portas. Agora, já conseguem causar danos importantes à infra-estrutura de transportes, quando queimam dezenas de ônibus nas garagens. As perdas afetam diretamente a população, dificultando a chegada ao trabalho e gerando prejuízos à cidade. Além disso, calcula-se em 6 meses a reposição dos ônibus destruídos. Nada os impede de tomar medidas ainda mais danosas, como as descritas no parágrafo anterior. Os bandidos tem pouco a perder. E o governo se torna cada vez mais impotente diante deles.
Os sobrevivencialistas devem estar preparados não só para cenários de crise, mas também para defender suas casas e seus bens contra o crime. Deve-se tomar medidas, como por exemplo, não chamar a atenção, não ostentar, observar sempre os arredores de casa, tanto na saída quanto na chegada. O uso de câmeras de segurança deve ser feito, mas elas tem que ser instaladas de tal maneira que fiquem invisíveis. A câmera visível chama a atenção. Os bandidos podem pensar que ali existem objetos de valor. E lembre-se: Por mais medidas de defesa que se tome, elas de nada valem se houver distração. Não se distraia na rua, na chegada em casa, na saída de casa, no trânsito. É horrível ter que viver ligado sempre, mas hoje em dia, tal atitude diminui os riscos de ser surpreendido.
Infelizmente, a tendência é de que tal cenário de criminalidade piore. A não ser que surjam governantes realmente compromissados com a segurança pública, que tomem medidas duríssimas, que revoltariam as entidades de Direito Humanos, mas que seriam muito eficientes na redução dos índices de criminalidade. Porém, diante do quadro político atual, não há a menor chance de que surja alguém com esse perfil.
Manter-se preparado e atento é o que resta a ser feito.
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