quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Sobre Crise Financeira e Funcionalismo Público

Antes de mais nada, gostaria de dizer que não apoio nenhum partido político. O que vem à seguir é apenas uma constatação dos fatos.
Vivemos uma crise financeira moderada. Ela só não é pior porque, entre outros fatores, o funcionalismo público e seus concursados, que conseguem manter seus empregos qualquer que seja a situação econômica, não é atingido da mesma forma pela crise que, por exemplo, um comerciante, que tem boa parte de seu faturamento oriundo do setor privado.
Porém, ontem, de maneira absolutamente inédita, um senador da República foi preso. E este senador era o líder do governo. A principal consequência disso é que o governo corre um sério risco de não conseguir votar, entre outras coisas, a nova meta fiscal de 2015. Em caso de não votação, o governo, para evitar consequências como o impeachment, teria que cortar em um mês cerca de 100 bilhões de reais, a fim de atingir a meta fiscal atual. Alguns analistas preveem que, entre outras coisas, a folha de pagamento dos funcionários públicos federais seria duramente afetada, bem como o repasse de recursos para estados e municípios., o que afetaria também o pagamento de funcionários públicos destas esferas. E mais. Tal situação poderia afetar também todos os pagamentos do governo para prestadores de serviço. Isso, sem falar nos cortes terríveis nos benefícios sociais.
O governo ficaria encurralado. Ou estouraria a meta fiscal e sofreria um processo de impeachment, ou tentaria se salvar, levando o caos para o país.
A situação pode se tornar imensamente perigosa se, de fato, o governo não conseguir estabelecer uma nova meta fiscal. É muito importante acompanhar atentamente a situação política nos próximos dias em Brasília.
Se estas previsões sombrias se tornarem realidade, teremos meses de extremas convulsões sociais. E os já graves problemas gerados pelas alterações climáticas, ficariam ainda mais graves, pois, se as providências para prevenir/sanar tais problemas já não são tomadas em tempos mais calmos, imagine numa situação como esta.
Eu prefiro acreditar que ainda resta um mínimo de bom senso à classe política. Eles perceberão que, se tal situação se tornar realidade, eles terão matado a sua galinha dos ovos de ouro. E, certamente, não quererão correr o risco de um levante popular. Mas, nunca se sabe...

Hoje, 28/11/2015, acabo de ver em diversos meios noticiosos que o Governo vai suspender todos os pagamentos e obras, num corte emergencial de cerca de 10 bilhões de reais... Os piores temores dos analistas em economia começam a se tornar verdade. Os próximos meses poderão ser muito duros...

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