terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Derretimento

Sabemos que muitas das áreas permanentemente congeladas durante os últimos milênios estão começando a esquentar, devido ao aquecimento global. A consequência mais visível é o aumento do nível dos oceanos. Isso pode ser observado em cidades como João Pessoa, na Paraíba, em que muitas praias estão sendo erodidas de tal maneira que muitas casas, e até mesmo um dos cartões postais mais famosos da cidade (e também do país), que é o Farol de Tambaú, estão ameaçados.
Porém, este não é o lado mais perigoso de tal acontecimento.
Outras consequências potencialmente nefastas podem nos atingir.
Nas regiões que agora estão derretendo, como grandes áreas em locais como a Sibéria, o solo ficou congelado por milênios. Tal solo, conhecido como permafrost, mantem presas enormes quantidades de gás metano, que tem o poder de reter calor muito maior que o dióxido de carbono, que é um dos grandes responsáveis pelo aquecimento global. Se esse metano for liberado, a velocidade do processo de aquecimento aumentará exponencialmente, pois, mais metano, mais aquecimento, que por sua vez liberará ainda mais metano.
Outro perigo é o de que microrganismos congelados por eras, de repente voltem a vida, como consequências imprevisíveis. Alguns deles podem ser patogênicos para humanos, animais como vacas ou galinhas, ou até mesmo plantas, como trigo ou milho. Cientistas recolheram amostras de microrganismos e plantas do solo profundo congelado e algumas delas voltaram a vida após centenas ou mesmo milhares de anos de hibernação. Os sistemas imunológicos atuais estão totalmente despreparados para enfrentar possíveis ameaças desse tipo. Mas também é possível que seja difícil para esses organismos se adaptarem aos seres atuais. Porém, microrganismos são extremamente adaptáveis e rapidamente podem aprender a sobreviver nas atuais condições...
A cada ano que passa, as ameaças à civilização (e talvez até a espécie humana) só fazem aumentar. Nós, sobrevivencialistas, não podemos jamais baixar a guarda. Temos que continuar alertas, aperfeiçoando nossas preparações. E lembrar que eventos como a atual greve dos caminhoneiros, que tem causado em algumas cidades falta de combustíveis e outros produtos, são pequenas pitadas do que poderá nos atingir de uma forma global...

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