domingo, 6 de julho de 2014

Relógios de Pulso

Nos dias de hoje estamos cercados por invenções que dão a impressão de que jamais poderemos viver sem elas novamente. Computadores, celulares, tablets, internet, caixas eletrônicos, carros, aviões, chocolate. A lista é praticamente infinita. 
Outro dia, fiz uma pergunta à algumas pessoas. Perguntei qual das invenções do século XX/XXI elas mais sentiriam falta. A maioria falou celular, internet, computador, redes sociais carros. Só que existe uma, tão presente na nossa vida, tão indispensável, e tão incorporada às outras, que nem nos damos conta. Sua ausência certamente seria a mais sentida. Podemos viver sem internet, sem celular, sem carro, sem chocolate. Mas não podemos viver sem contar o tempo, de alguma maneira. Não podemos viver sem relógios.
São poucos os lugares no mundo onde o relógio não tenha importância. Ele é um organizador da vida diária há muito tempo. E se tornou um objeto de uso universal nas cidades e no campo, principalmente depois da popularização do relógio de pulso. Existem centenas de modelos, com as mais diversas funcionalidades. 
Mas, vamos supor que ocorra um cenário de crise grave, que destrua as bases da moderna civilização tecnológica. Isso tornaria o relógio inútil? Na minha opinião, de maneira alguma. O relógio continuaria a ser um elemento organizador. Ele facilitaria nosso planejamento pós-crise. Poderíamos distribuir tarefas com duração determinada com muito mais facilidade. Ele ajudaria a diminuir a sensação de desnorteamento causada pelo fim de toda a comunicação, da energia elétrica, das coisas as quais estávamos acostumados durante toda a nossa vida. Ele teria o poder de tornar um pouco menos brutal a transição entre o mundo atual e um mundo pós SHTF. 
É importante ter nas suas preparações alguns relógios. Esses relógios digitais de pulso, baratinhos, são na verdade bastante confiáveis e muito precisos. Praticamente não precisam de manutenção e suas baterias duram anos. E dá para fazer um estoque de baterias para eles, que são muito baratas. 
Existe uma questão filosófica sobre relógios e tempo. Muitos dizem que somos escravos do tempo, que os minutos nos torturam, que tempo é dinheiro e por aí vai. Pode ser até verdade. Mas, falando de forma pragmática, para quem passou a vida toda contando o tempo, seria muito difícil viver sem relógios. Talvez crianças nascidas num mundo pós SHTF não se sentissem presas ao relógio. Mas certamente contariam a passagem do tempo de alguma maneira. Contar o tempo é inerente ao ser humano.

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