quarta-feira, 2 de julho de 2014

Fim da Realidade?

Gostaria de abrir uns parênteses nos textos de temática sobrevivencialista/preparação para externar uma preocupação minha com algo que, a meu ver, pode ser mais perigoso para a humanidade do que possíveis cenários de crise.
Boa parte da humanidade já é escrava da internet e dos smartphones. Para muitos, ficar sem a conexão e sem o aparelho pode ser tão perturbador quanto perder um ente querido. Mas, apesar de seu poder viciante, esta combinação altera a realidade de forma muito limitada.
Agora, eis que surge um dispositivo tão promissor que Mark Zuckerberg, dono do Facebook, já investiu 2 bilhões de dólares de seu próprio bolso, depois de testá-lo por uma hora. O nome dele é Oculus. A máquina mistura realidade virtual e estimulação do córtex cerebral via software. Deve ser algo realmente impressionante, para convencer Zuckerberg a investir uma fortuna nesse aparelho.
E aí é onde mora o perigo. Se um simples smartphone conectado à internet tem um poder enorme sobre a vida de muitas pessoas, o que uma máquina assim pode fazer? Se um cenário qualquer pode ser simulado de forma tão perfeita, porque as pessoas vão querer voltar à dura realidade? Se as pessoas encontrarem uma maneira de ser o que elas aparentar ser nas redes sociais, porque vão querer voltar à vida anterior? Se esse dispositivo realmente tem o poder de enganar o cérebro e dizer ao corpo para sentir frio quando na verdade está calor, como não inserir na mente das pessoas os mais diversos padrões de comportamento? Um aparelho desses, aliado à internet, pode ser uma ferramenta de controle absurdamente poderosa.
Mas, tudo isso pode ser um exagero. Pode ser que, mesmo sendo fantástico, tal aparelho não consiga enganar realmente o cérebro. Pode ser que possamos distinguir o que é a simulação criada pelo Oculus e o que é realidade.
Entretanto, a simples ideia de um aparelho assim, me deixa receoso. As pessoas que controlam a nossa sociedade sempre buscaram formas de exercer o seu domínio. E se este domínio pudesse ser imposto sem usar a força? E se as pessoas ansiassem por este domínio? E, é sempre bom lembrar que a tecnologia está avançando, pelo menos em alguns pontos, de forma absurdamente rápida.
Este dispositivo talvez tenha o poder de gerar a mãe de todas as crises: O fim do pensamento livre.
É bom ficar de olho!

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