Quem hoje em dia sabe consertar o próprio carro? Ou uma cadeira? Uma roupa? Um vazamento de água em casa? Provavelmente pouquíssimas pessoas. Vivemos numa era em que, seja por falta de tempo ou por comodismo, seja por consumismo ou preguiça, objetos que poderiam ser consertados são jogados fora, serviços que, com um pouco de esforço poderiam ser feitos por nós mesmos, delegamos a outras pessoas.
Mas, isso vai de encontro à mentalidade sobrevivencialista. Todo sobrevivencialista deve ter no seu rol de conhecimentos a habilidade de consertar coisas. Muitas vezes, dispositivos estão quebrados, mas voltariam a funcionar com uma gotinha de cola ou um aperto bem dado. Roupas podem ser deixadas quase como novas com um pouco de linha e agulha. Muitos reparos em coisas aparentemente complexas, como motores de automóveis, são na verdade bastante simples.
Ressalto a importância de saber consertar coisas, de entender como elas funcionam, principalmente o que é mais importante para a sobrevivência porque, se agora poderemos repor tudo com facilidade (desde que estejamos com grana para isso), em caso de crise profunda e prolongada, ter essas habilidades pode ser a diferença entre sobreviver e morrer.
Além disso, uma hora, por mais séria que seja a crise, a sociedade vai se reestruturar. E quem tiver conhecimentos práticos vai ser muito valorizado.
Portanto, é importante entender como as coisas funcionam. Na internet existem diagramas e explicações do funcionamento de tudo que é corriqueiro. Desde computadores e celulares, até uma faca de cozinha. Sabendo como a lâmina foi colada no cabo, poderemos consertá-la se por um acaso ela quebrar. Excelentes exercícios para aprimorar habilidades práticas é tentar construir vários objetos que um sobrevivencialista precisa. Existem vários vídeos sobre a arte de produzir facas e lâminas, a chamada cutelaria, que fazem grande sucesso entre sobrevivencialistas. Mas não para por aí. De cisternas à armazenamento durável para grãos, passando por fornos solares, arco e flecha, nós específicos para dar em cordas, tem muita coisa. O ideal seria dividir o aprendizado com os membros de seu grupo. Cada um aprenderia uma coisa. Mas, seja em grupo ou solitário, é importante ter habilidades práticas. O aprendizado é penoso (as pontas machucadas dos meus dedos que o digam) mas vale a pena.
Mantenham-se sempre preparados.
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