É preocupante. A maioria das pessoas está cega. Quase ninguém percebe como o nosso modo de vida tecnológico é frágil. Poucos param para pensar em como seria o mundo sem os confortos a que estamos acostumados, tais como internet, água encanada, remédios, vacinas, meios de transporte e supermercados. Poucos percebem como as mudanças climáticas são gritantes. Na minha opinião, existem alguns motivos para isso.
O primeiro deles é que, se um problema não está na mídia, ele não existe. Vejam por exemplo, a usina nuclear de Fukushima. Ela continua lá, liberando radiação para o meio ambiente. A situação lá se deteriora a cada dia, na medida em que os diversos danos ocorridos após o tsunami vão aumentando, por falta de manutenção, pela instabilidade do terreno e outros. Mas, como ninguém na mídia fala nada, parece que tudo está resolvido.
Outra questão é que somos individualistas. Se o verão estiver escaldante, se há meses não chove na cidade de praia, é maravilhoso. O banho de mar e a cerveja estão garantidos. Praticamente ninguém vai pensar que em situações assim, as reservas de água e o sistema energético são levados ao limite, por uso excessivo. Caso falte água ou energia, na praia tudo é diversão. Mas, poucos verão que doentes nos hospitais podem vir a morrer, que muitos moradores de áreas carentes vão sofrer demais com o calor, assim como muitos trabalhadores que cumprem suas funções ao ar livre ou em áreas sem refrigeração.
Muitos acham que as coisas "se resolvem". Se um reservatório de água chega ao limite, sempre haverá maneiras de aumentar este limite. Se uma área de cultivo é exaurida por uso excessivo, sempre haverá outra para ser usada. Se um poço de petróleo seca, sempre se pode furar outro. Só que quase ninguém percebe que este planeta, embora bem grande, é finito. E que muitos sistemas já estão muito próximos do limite. Um exemplo interessante é o que ocorreu na Arábia Saudita nos últimos 50 anos. Este país era autossuficiente na produção de trigo. Só que a água usada nas plantações foi extraída de poços mais rápido do que a natureza podia repô-la. O resultado é que os sauditas hoje importam praticamente todo o trigo de que precisam.
A memória da maioria das pessoas é curta, muito curta. E a passividade, gigantesca. É impressionante como praias desaparecem, cidades alagam, secas destroem grandes áreas, animais e plantas somem e ninguém se dá conta. Um exemplo chocante, pelo menos para mim, é uma fruta chamada carambola. Quando eu era criança, esta fruta era muito comum aqui onde moro. Hoje em dia, praticamente não se encontra mais. E olhe que procurei bastante. Outro exemplo é que eu costumava jogar vôlei de praia nos anos 90 em locais à beira-mar que hoje não existem mais. O mar levou. Nessa mesma região, as proteções colocadas pelos donos das casas à beira-mar já foram destruídas. Algumas dessas casas já foram condenadas pela Defesa Civil.
E, o mais preocupante. Não há transparência em relação à verdadeira situação dos diversos sistemas que tornam a sociedade possível, Como está realmente o sistema energético brasileiro? Existe ou não risco de apagão? E a questão da camada de ozônio? Estamos mesmo protegidos, ou a poluição já destruiu boa parte dela? Estas e muitas outras questões, como o aquecimento global, são motivo de controvérsia. Não é do interesse de quem domina o sistema passar estas informações. Pode soar como paranoia, mas, tendo em vista a atuação dos governos nas mais diversas calamidades, não dá para confiar.
Como já disse em outros posts, não quero que uma crise grave aconteça. Não quero ser aquele que "ri por último". Não quero ter que passar pela situação de ver um amigo precisando de ajuda, mas ter que escolher entre ele e minha família. Se ao menos pudéssemos convencer as pessoas de que o perigo existe e que algumas medidas simples poderiam amenizar o sofrimento em caso de crise são simples de serem tomadas, seria uma boa. Mas no fim, o que escutamos são xingamentos e piadinhas. E a imprensa ainda trata os sobrevivencialistas em tom de brincadeira.
Gostaria de propor a cada um dos que lerem esse post que mostre a verdadeira essência do sobrevivencialismo, da preparação. Uma boa analogia pode ser feita com seguros de carros. Pode ser que você nunca tenha sofrido uma batida, nunca teve seu carro roubado. E mesmo assim faz seguro. Porque você não pode garantir que essa situação vai permanecer indefinidamente. Assim é o sobrevivencialismo. Assim é a preparação.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Ferimentos e primeiros socorros
Durante uma trilha acontece a seguinte situação: A sua companheira leva uma queda e sofre um corte profundo na perna, que a deixa impossibilitada de se locomover. Além disso ela perde bastante sangue e necessita de algum procedimento que estanque o sangramento. O que você faria?
Esta é uma situação difícil. Os procedimentos para se estancar um sangramento grave são os seguintes:
Deitar a pessoa, com a cabeça num nível mais baixo que as pernas.
Com um pano, pressionar o local do sangramento até que este pare.
Se o sangramento continuar, trocar o pano com frequência por outro, limpo e seco.
Quando o sangramento diminuir, prenda o pano com uma faixa, para manter a pressão.
Se o objeto que causou o sangramento estiver preso no local da ferida e for grande, não o retire, para não aumentar o sangramento.
Leve a pessoa para um hospital ou posto médico ou chame o SAMU, discando 192.
Vamos por partes. Muitas pessoas que se aventuram por trilhas possuem kits de primeiros socorros. Mas, diante de um caso assim, muito provavelmente a quantidade de gaze ou outro material que sirva para limpeza de ferimentos certamente será insuficiente. É bom, portanto, aumentar a quantidade. Cortes profundos em áreas ricamente vascularizadas sangram muito.
No meio de uma trilha, não há como chamar o SAMU (em muitos locais não existe sinal de celular) e, sozinho, por mais forte que você seja, não vai aguentar carregar uma pessoa por muito tempo em uma trilha muito acidentada. E você também não vai deixá-la sozinha para ir atrás de socorro. Portanto, o número mínimo de pessoas para se fazer uma trilha é 3. Se um se ferir, os outros dois podem se dividir. Um fica com o ferido, enquanto o outro vai atrás de socorro. Ou, dependendo do tipo de trilha, podem até carregar o ferido.
Agora, se a situação descrita acima acontece durante cenário de crise, em que não seria possível ter um hospital à disposição?
É necessário ter no seu núcleo alguém que saiba como agir nestes casos. O ideal seria que várias pessoas tivessem estes conhecimentos, ou que, pelo menos, tivessem dispostas a aprender. Saber tratar de ferimentos mais graves pode ser a diferença entre sobreviver e morrer. Além disso, é extremamente importante que, nas suas preparações, existam suprimentos médicos em abundância. Lembre-se que coisas como antissépticos, gaze e esparadrapo tem tempos de validade bastante longos. Mas outras, como anestésicos e analgésicos precisam ser substituídos com frequência, por causa do prazo de validade.
Outro fator importante é descobrir possíveis alternativas na natureza para substituir alguns itens da reserva de medicamentos, em caso de necessidade. Se a crise for séria, é possível que o acesso à remédios e afins seja suspenso por tempo indefinido.
Esta é uma situação difícil. Os procedimentos para se estancar um sangramento grave são os seguintes:
Deitar a pessoa, com a cabeça num nível mais baixo que as pernas.
Com um pano, pressionar o local do sangramento até que este pare.
Se o sangramento continuar, trocar o pano com frequência por outro, limpo e seco.
Quando o sangramento diminuir, prenda o pano com uma faixa, para manter a pressão.
Se o objeto que causou o sangramento estiver preso no local da ferida e for grande, não o retire, para não aumentar o sangramento.
Leve a pessoa para um hospital ou posto médico ou chame o SAMU, discando 192.
Vamos por partes. Muitas pessoas que se aventuram por trilhas possuem kits de primeiros socorros. Mas, diante de um caso assim, muito provavelmente a quantidade de gaze ou outro material que sirva para limpeza de ferimentos certamente será insuficiente. É bom, portanto, aumentar a quantidade. Cortes profundos em áreas ricamente vascularizadas sangram muito.
No meio de uma trilha, não há como chamar o SAMU (em muitos locais não existe sinal de celular) e, sozinho, por mais forte que você seja, não vai aguentar carregar uma pessoa por muito tempo em uma trilha muito acidentada. E você também não vai deixá-la sozinha para ir atrás de socorro. Portanto, o número mínimo de pessoas para se fazer uma trilha é 3. Se um se ferir, os outros dois podem se dividir. Um fica com o ferido, enquanto o outro vai atrás de socorro. Ou, dependendo do tipo de trilha, podem até carregar o ferido.
Agora, se a situação descrita acima acontece durante cenário de crise, em que não seria possível ter um hospital à disposição?
É necessário ter no seu núcleo alguém que saiba como agir nestes casos. O ideal seria que várias pessoas tivessem estes conhecimentos, ou que, pelo menos, tivessem dispostas a aprender. Saber tratar de ferimentos mais graves pode ser a diferença entre sobreviver e morrer. Além disso, é extremamente importante que, nas suas preparações, existam suprimentos médicos em abundância. Lembre-se que coisas como antissépticos, gaze e esparadrapo tem tempos de validade bastante longos. Mas outras, como anestésicos e analgésicos precisam ser substituídos com frequência, por causa do prazo de validade.
Outro fator importante é descobrir possíveis alternativas na natureza para substituir alguns itens da reserva de medicamentos, em caso de necessidade. Se a crise for séria, é possível que o acesso à remédios e afins seja suspenso por tempo indefinido.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Venenos
Em cenários de crise muito grave, muito provavelmente o sobrevivencialista terá que se defender e defender seus recursos das mais variadas maneiras.Além disso, é possível que ele necessite procurar por recursos, inclusive em áreas industriais, que seriam desprezadas por muitas pessoas. Por isso, é importante conhecer algumas substâncias venenosas, tanto para uso, como para se manter alerta contra intoxicação acidental. Abaixo, 10 substâncias muito usadas como veneno.
Cianeto
Usado na Segunda Guerra como principio ativo do Zyclon B, responsável pela morte de milhões de judeus, o cianeto tem a característica de se combinar com o ferro da hemoglobina, que é a molécula responsável pelo absorção do oxigênio pelas células sanguíneas. Consequentemente, a vítima morre por asfixia em poucos minutos. Os poucos que tiveram contato com o veneno e sobreviveram, dizem que o gás de cianeto tem um cheiro parecido com o de amêndoas.
Ácido Fluorídrico
É usado na fabricação do Teflon. É extremamente perigoso pois, na forma de líquido, é absorvido facilmente pela pele, não causa dor imediata e se combina com o cálcio dos ossos, destruindo-os. Na forma de gás, destrói os olhos e pulmões. Em muitos casos, a pessoa só percebe que está sobre a influência do ácido tarde demais.
Batracotoxinas
Usado por certas tribos como para abater sua caça, o veneno do sapo é muito potente. Ele está presente em sapos de cores berrantes, que é a forma que a natureza tem de avisar que aquela criatura é venenosa. Existe uma espécie, o sapo-dourado, oriunda da Colômbia, cujo veneno é tão poderoso que, mesmo uma quantidade mínima (esta criatura é menor que um dedo humano), é capaz de matar 20 pessoas.
Gás VX
Integrante da fórmula de alguns pesticidas da década de 1950, ele possui moléculas que causam um colapso do sistema nervoso central, levando à morte rapidamente. Seu uso foi proibido em 1993.
Agente Laranja
Herbicida usado pelos americanos na Guerra do Vietnã, ele possui uma substância a TCDD que é extremamente cancerígena, além de causar deformações congênitas.
Rícino
Derivado da mamona, este veneno, mesmo em baixíssimas quantidades, é capaz de matar um adulto, pois impede a síntese proteica pelo organismo. Era bastante usado pela KGB para assassinar seus desafetos que fugiram para o Ocidente na época da Guerra Fria.
Arsênico
Em grandes quantidades, esse veneno tem efeitos parecidos com o do cólera,além de causar convulsões e induzir ao coma, matando em poucos dias.. Em quantidades menores, mas frequentes, causa câncer, doenças cardíacas e diabetes.
Chumbo
Ainda bastante usado em muitos produtos, se absorvido pelo corpo, pode causar desde diarreia até distúrbios neurológicos graves. Era a causa dos devaneios dos antigos imperadores romanos, pois eles consumiam bebidas em taças de chumbo.
Brodifacoum
Usado como veneno para ratos, este anticoagulante diminui drasticamente a quantidade de vitamina K no organismo, causando severas hemorragias. Se absorvido, seus efeitos são sentidos durante meses.
Estricnina
Ataca os nervos da espinha dorsal, causando violentas convulsões e morte. Também é usado em veneno para ratos.
Cianeto
Usado na Segunda Guerra como principio ativo do Zyclon B, responsável pela morte de milhões de judeus, o cianeto tem a característica de se combinar com o ferro da hemoglobina, que é a molécula responsável pelo absorção do oxigênio pelas células sanguíneas. Consequentemente, a vítima morre por asfixia em poucos minutos. Os poucos que tiveram contato com o veneno e sobreviveram, dizem que o gás de cianeto tem um cheiro parecido com o de amêndoas.
Ácido Fluorídrico
É usado na fabricação do Teflon. É extremamente perigoso pois, na forma de líquido, é absorvido facilmente pela pele, não causa dor imediata e se combina com o cálcio dos ossos, destruindo-os. Na forma de gás, destrói os olhos e pulmões. Em muitos casos, a pessoa só percebe que está sobre a influência do ácido tarde demais.
Batracotoxinas
Usado por certas tribos como para abater sua caça, o veneno do sapo é muito potente. Ele está presente em sapos de cores berrantes, que é a forma que a natureza tem de avisar que aquela criatura é venenosa. Existe uma espécie, o sapo-dourado, oriunda da Colômbia, cujo veneno é tão poderoso que, mesmo uma quantidade mínima (esta criatura é menor que um dedo humano), é capaz de matar 20 pessoas.
Gás VX
Integrante da fórmula de alguns pesticidas da década de 1950, ele possui moléculas que causam um colapso do sistema nervoso central, levando à morte rapidamente. Seu uso foi proibido em 1993.
Agente Laranja
Herbicida usado pelos americanos na Guerra do Vietnã, ele possui uma substância a TCDD que é extremamente cancerígena, além de causar deformações congênitas.
Rícino
Derivado da mamona, este veneno, mesmo em baixíssimas quantidades, é capaz de matar um adulto, pois impede a síntese proteica pelo organismo. Era bastante usado pela KGB para assassinar seus desafetos que fugiram para o Ocidente na época da Guerra Fria.
Arsênico
Em grandes quantidades, esse veneno tem efeitos parecidos com o do cólera,além de causar convulsões e induzir ao coma, matando em poucos dias.. Em quantidades menores, mas frequentes, causa câncer, doenças cardíacas e diabetes.
Chumbo
Ainda bastante usado em muitos produtos, se absorvido pelo corpo, pode causar desde diarreia até distúrbios neurológicos graves. Era a causa dos devaneios dos antigos imperadores romanos, pois eles consumiam bebidas em taças de chumbo.
Brodifacoum
Usado como veneno para ratos, este anticoagulante diminui drasticamente a quantidade de vitamina K no organismo, causando severas hemorragias. Se absorvido, seus efeitos são sentidos durante meses.
Estricnina
Ataca os nervos da espinha dorsal, causando violentas convulsões e morte. Também é usado em veneno para ratos.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
A importância do rádio
O rádio foi inventado por Guglielmo Marconi, mas utilizando 19 patentes pertencentes à Nikola Testa.A primeira pessoa a conseguir transmitir voz, via rádio, foi o brasileiro Landell de Moura. Mas, como ele era patriota ferrenho, recusou dinheiro de empresários americanos para desenvolver o invento, e quando resolveu registrar a patente do aparelho, em 1904, percebeu que Marconi já o havia feito em 1896.
O alcance do rádio pode variar entre alguns quilômetros até milhares de quilômetros, dependendo do tipo e frequência e potência da transmissão, do tipo de antena e do equipamento utilizado. Por se tratar de um equipamento simples e amplamente difundido no mundo todo, ele ainda é bastante utilizado como meio de comunicação e entretenimento.
Mesmo hoje, numa época em que a internet, a TV e o celular se tornaram os meios mais comuns de difundir notícias e avisos, os principais órgãos de defesa civil do mundo ainda utilizam o rádio para avisar as pessoas sobre possíveis desastres e situações de emergência.
É muito provável que, depois de uma crise muito grave, o rádio venha a ser o único meio de comunicação à distância disponível. Não exige nenhum conhecimento técnico avançado para operá-lo e qualquer pessoa pode tentar se comunicar através dele. Também não precisa de nenhuma infra-estrutura avançada, como redes de cabos de transmissão ou satélites.
Por tudo isso, o sobrevivencialista deve ter em suas preparações ao menos rádios transpectores (transmissores-receptores) portáteis. Estes tem alcance razoável e funcionam à bateria. Um dos momentos cruciais será quando todos perceberem que a crise começou para valer. Ter comunicação por rádio poderá fazer uma enorme diferença na hora de reunir as pessoas e tomar as melhores decisões sobre o que fazer. É importante lembrar que:
- Sem internet - sem comunicação
- Sem energia elétrica - sem comunicação
- Situações anormais geram sobrecarga tanto nas linhas telefônicas quanto na internet
Duvida? Experimente tentar fazer uma ligação, especialmente se for interurbano, durante os primeiros minutos de todo 1º de Janeiro... Em uma situação de crise muito grave será tão ruim ou pior que no Reveillon...
E assim vamos nos preparando...
PS - Alguns bons modelos portáteis.
Kenwood TK2303
Motorola EP450
ICON ID31A
PS2 - É muito importante conhecer as regras dos radioamadores.
O alcance do rádio pode variar entre alguns quilômetros até milhares de quilômetros, dependendo do tipo e frequência e potência da transmissão, do tipo de antena e do equipamento utilizado. Por se tratar de um equipamento simples e amplamente difundido no mundo todo, ele ainda é bastante utilizado como meio de comunicação e entretenimento.
Mesmo hoje, numa época em que a internet, a TV e o celular se tornaram os meios mais comuns de difundir notícias e avisos, os principais órgãos de defesa civil do mundo ainda utilizam o rádio para avisar as pessoas sobre possíveis desastres e situações de emergência.
É muito provável que, depois de uma crise muito grave, o rádio venha a ser o único meio de comunicação à distância disponível. Não exige nenhum conhecimento técnico avançado para operá-lo e qualquer pessoa pode tentar se comunicar através dele. Também não precisa de nenhuma infra-estrutura avançada, como redes de cabos de transmissão ou satélites.
Por tudo isso, o sobrevivencialista deve ter em suas preparações ao menos rádios transpectores (transmissores-receptores) portáteis. Estes tem alcance razoável e funcionam à bateria. Um dos momentos cruciais será quando todos perceberem que a crise começou para valer. Ter comunicação por rádio poderá fazer uma enorme diferença na hora de reunir as pessoas e tomar as melhores decisões sobre o que fazer. É importante lembrar que:
- Sem internet - sem comunicação
- Sem energia elétrica - sem comunicação
- Situações anormais geram sobrecarga tanto nas linhas telefônicas quanto na internet
Duvida? Experimente tentar fazer uma ligação, especialmente se for interurbano, durante os primeiros minutos de todo 1º de Janeiro... Em uma situação de crise muito grave será tão ruim ou pior que no Reveillon...
E assim vamos nos preparando...
PS - Alguns bons modelos portáteis.
Kenwood TK2303
Motorola EP450
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PS2 - É muito importante conhecer as regras dos radioamadores.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Complexidade é fraqueza.
Todos os dias, novos produtos, novas tecnologias e novos serviços são disponibilizados para as pessoas. Carros com cada vez mais eletrônica embarcada, eletrodomésticos com cada vez mais funcionalidades, uma gama de dispositivos cada vez maior, como por exemplo tablets e e-readers. E cada um com as suas vantagens maravilhosas, pelo menos segundo as suas caríssimas campanhas publicitárias. Mas a pergunta fundamental é: Realmente precisamos de tudo isso? E o mais importante: O que acontece com nossas vidas se esses dispositivos nos deixarem na mão?
Vamos usar um carro como exemplo: Muitos modelos são equipados com câmbio automático. Se você está em um engarrafamento, não precisa se preocupar em ficar trocando marchas a todo instante. É muito mais cômodo. Mas, existe um preço à pagar. A maioria dos sistemas desse tipo, mesmo os mais avançados, ainda não tem a sensibilidade humana em relação ao momento certo de se trocar as marchas. Ou seja, esse sistema ainda faz com que o carro gaste mais combustível e se desgaste mais. Além disso, é mais difícil de ser reparado, em caso de quebra, e, em algumas situações, ele pode te deixar totalmente na mão. Se, por exemplo, a bateria do carro falha, de modo que não há como dar a partida, feche o carro e vá embora. Num carro manual, ainda daria para fazê-lo pegar no tranco.
O que quero dizer com isso é que há um preço a pagar (além do custo financeiro) por certas facilidades. A maioria das pessoas que tem carros automáticos não precisaria deles. Especialmente aqui no Brasil. Com exceção das grandes metrópoles, geralmente os trajetos de casa para o trabalho são curtos. Mesmo com o trânsito complicado, dificilmente você fica mais de uma hora dirigindo. E, passar marchas manualmente por pouco tempo não mata ninguém. Será então que vale a pena pagar mais caro por um sistema que pode te deixar na mão, mesmo em situações aparentemente tranquilas?
Assim são muitos dos produtos e serviços disponíveis hoje. Um e-reader. Sensacional. Eu mesmo possuo um. Mas, este é para entretenimento. Os livros realmente importantes são de papel. Se a bateria do Kindle acabar e eu não tiver como recarregá-la, o máximo que perco são alguns romances de ficção. A internet. Maravilhosa, sensacional, fantástica. Mas a ideia de guardar conteúdo crítico na nuvem não me agrada. Tudo o que é realmente importante está em papel, ou guardado nos discos rígidos dos computadores pessoais que tenho, devidamente equipados com no-breaks e baterias. É cômodo pagar suas contas bancárias e fazer transações financeiras pela internet. Mas eu prefiro ir ao caixa. Se a internet cai, não posso fazer nada. É sempre bom ter alguma quantia em dinheiro guardada em casa. Se falta energia, estamos prevenidos.
Fazer tudo usando os produtos e serviços hoje disponíveis é mais cômodo, e sem dúvida, mais eficiente. Mas, ao mesmo tempo, também é "atrofiante". Lembre-se que, para que você torne sua vida mais simples, existe toda uma infra-estrutura extremamente complexa envolvida. E, é nesta complexidade que mora o perigo. Uma falha que seria insignificante há poucos anos, como uma queda de energia com duração de uma hora, hoje já gera prejuízos consideráveis. À medida em aumenta nossa dependência de produtos e serviços "cômodos", o preço à pagar é uma menor tolerância à falhas. Vai chegar o tempo, e não vai demorar muito, em que, mesmo alguns minutos sem algum serviço poderá nos atingir seriamente.
Meu conselho é: Não se deixe levar pelo comodismo. Afinal, durante a maior parte da história da humanidade tivemos livros de papel e corríamos atrás de nossa comida. Não estou dizendo para largar a sociedade organizada e sair pela mata caçando. Mas tenha em mente que certos produtos e serviços podem até ser utilizados, mas não de forma crítica. Vivemos em um país onde não há transparência sobre as reais condições do que mantem a sociedade funcionando. Geralmente os governantes esperam a bomba estourar para tomar alguma providência.
Portanto, procure depender o mínimo possível dos sistemas complexos demais, Sempre que possível, opte pela simplicidade. Mesmo que dê um pouco mais de trabalho.
Vamos usar um carro como exemplo: Muitos modelos são equipados com câmbio automático. Se você está em um engarrafamento, não precisa se preocupar em ficar trocando marchas a todo instante. É muito mais cômodo. Mas, existe um preço à pagar. A maioria dos sistemas desse tipo, mesmo os mais avançados, ainda não tem a sensibilidade humana em relação ao momento certo de se trocar as marchas. Ou seja, esse sistema ainda faz com que o carro gaste mais combustível e se desgaste mais. Além disso, é mais difícil de ser reparado, em caso de quebra, e, em algumas situações, ele pode te deixar totalmente na mão. Se, por exemplo, a bateria do carro falha, de modo que não há como dar a partida, feche o carro e vá embora. Num carro manual, ainda daria para fazê-lo pegar no tranco.
O que quero dizer com isso é que há um preço a pagar (além do custo financeiro) por certas facilidades. A maioria das pessoas que tem carros automáticos não precisaria deles. Especialmente aqui no Brasil. Com exceção das grandes metrópoles, geralmente os trajetos de casa para o trabalho são curtos. Mesmo com o trânsito complicado, dificilmente você fica mais de uma hora dirigindo. E, passar marchas manualmente por pouco tempo não mata ninguém. Será então que vale a pena pagar mais caro por um sistema que pode te deixar na mão, mesmo em situações aparentemente tranquilas?
Assim são muitos dos produtos e serviços disponíveis hoje. Um e-reader. Sensacional. Eu mesmo possuo um. Mas, este é para entretenimento. Os livros realmente importantes são de papel. Se a bateria do Kindle acabar e eu não tiver como recarregá-la, o máximo que perco são alguns romances de ficção. A internet. Maravilhosa, sensacional, fantástica. Mas a ideia de guardar conteúdo crítico na nuvem não me agrada. Tudo o que é realmente importante está em papel, ou guardado nos discos rígidos dos computadores pessoais que tenho, devidamente equipados com no-breaks e baterias. É cômodo pagar suas contas bancárias e fazer transações financeiras pela internet. Mas eu prefiro ir ao caixa. Se a internet cai, não posso fazer nada. É sempre bom ter alguma quantia em dinheiro guardada em casa. Se falta energia, estamos prevenidos.
Fazer tudo usando os produtos e serviços hoje disponíveis é mais cômodo, e sem dúvida, mais eficiente. Mas, ao mesmo tempo, também é "atrofiante". Lembre-se que, para que você torne sua vida mais simples, existe toda uma infra-estrutura extremamente complexa envolvida. E, é nesta complexidade que mora o perigo. Uma falha que seria insignificante há poucos anos, como uma queda de energia com duração de uma hora, hoje já gera prejuízos consideráveis. À medida em aumenta nossa dependência de produtos e serviços "cômodos", o preço à pagar é uma menor tolerância à falhas. Vai chegar o tempo, e não vai demorar muito, em que, mesmo alguns minutos sem algum serviço poderá nos atingir seriamente.
Meu conselho é: Não se deixe levar pelo comodismo. Afinal, durante a maior parte da história da humanidade tivemos livros de papel e corríamos atrás de nossa comida. Não estou dizendo para largar a sociedade organizada e sair pela mata caçando. Mas tenha em mente que certos produtos e serviços podem até ser utilizados, mas não de forma crítica. Vivemos em um país onde não há transparência sobre as reais condições do que mantem a sociedade funcionando. Geralmente os governantes esperam a bomba estourar para tomar alguma providência.
Portanto, procure depender o mínimo possível dos sistemas complexos demais, Sempre que possível, opte pela simplicidade. Mesmo que dê um pouco mais de trabalho.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
As tensões aumentam
Na Ucrânia, parece ser cada vez mais provável uma invasão do Exército Russo. O país já vive um estado que pode ser descrito como o começo de uma guerra civil. Soldados pró-Kiev e pró-Rússia (na minha opinião, agentes russos disfarçados) começaram a trocar tiros.
A Coréia do Norte testou, segundo imagens de satélites americanos, um propulsor que pode pertencer à um míssil balístico intercontinental. Ainda segundo os americanos, isso parece indicar que um teste nuclear está próximo de acontecer, apesar de todas as sanções e proibições impostas pelas grandes potências ocidentais.
As Ilhas Senkaku, disputadas por China e Japão, e sob o controle deste último, tiveram suas águas invadidas por embarcações chinesas. As duas potências disputam as ilhas por elas supostamente conterem grandes quantidades de petróleo.
Os grupos palestinos Hammas e Fatah assinaram um acordo que põe em xeque um possível acordo de paz entre palestinos e israelenses.
A Índia testou recentemente um míssil terra-ar com capacidade de levar uma ogiva nuclear.
As Filipinas abordam uma embarcação chinesa, em águas internacionais disputadas por seis países, devido à abundância de recursos, especialmente petróleo e gás.
Desde o fim da Guerra Fria, não se vê tanta tensão entre os países. Tensões estas que envolvem países com armas nucleares.
É claro que, nesses casos, não existe uma iminência de conflito armado entre grades potências. Mas, ao mesmo tempo, estados de tensão fazem com que erros de julgamento se tornem mais prováveis. Às vezes, atos de provocação podem desencadear uma reação desproporcional.
É preciso prestar atenção aos fatos, ficar atento as notícias. A tendência para os próximos anos é ver cada vez mais atritos entre países, principalmente por causa de disputa por recursos naturais, além de disputas armamentistas e religiosas.
O mundo continua em alta velocidade em direção ao abismo. E, achar que o futuro será melhor que o presente é querer se iludir. Seria necessária uma grande transformação da mentalidade humana para que houvesse a possibilidade de um futuro menos sombrio...
A Coréia do Norte testou, segundo imagens de satélites americanos, um propulsor que pode pertencer à um míssil balístico intercontinental. Ainda segundo os americanos, isso parece indicar que um teste nuclear está próximo de acontecer, apesar de todas as sanções e proibições impostas pelas grandes potências ocidentais.
As Ilhas Senkaku, disputadas por China e Japão, e sob o controle deste último, tiveram suas águas invadidas por embarcações chinesas. As duas potências disputam as ilhas por elas supostamente conterem grandes quantidades de petróleo.
Os grupos palestinos Hammas e Fatah assinaram um acordo que põe em xeque um possível acordo de paz entre palestinos e israelenses.
A Índia testou recentemente um míssil terra-ar com capacidade de levar uma ogiva nuclear.
As Filipinas abordam uma embarcação chinesa, em águas internacionais disputadas por seis países, devido à abundância de recursos, especialmente petróleo e gás.
Desde o fim da Guerra Fria, não se vê tanta tensão entre os países. Tensões estas que envolvem países com armas nucleares.
É claro que, nesses casos, não existe uma iminência de conflito armado entre grades potências. Mas, ao mesmo tempo, estados de tensão fazem com que erros de julgamento se tornem mais prováveis. Às vezes, atos de provocação podem desencadear uma reação desproporcional.
É preciso prestar atenção aos fatos, ficar atento as notícias. A tendência para os próximos anos é ver cada vez mais atritos entre países, principalmente por causa de disputa por recursos naturais, além de disputas armamentistas e religiosas.
O mundo continua em alta velocidade em direção ao abismo. E, achar que o futuro será melhor que o presente é querer se iludir. Seria necessária uma grande transformação da mentalidade humana para que houvesse a possibilidade de um futuro menos sombrio...
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