quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Ameaça de Pandemia

Os extensamente noticiados casos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti assustam. Assustam sobretudo porque um novo vírus, até então pouco conhecido, o Zika, se espalhou com grande velocidade pelo país. com cerca de 6000 casos registrados até Dezembro de 2015 (há a possibilidade de serem muitos mais, pois boa parte dos infectados acabam não procurando ou não conseguindo assistência médica).
Porém, existe uma potencial ameaça que ainda não apareceu nos principais noticiários. Alguns casos do vírus H1N1 foram registrados este ano no interior paulista, na cidade de Catanduva. Uma mulher da cidade de Tabapuã morreu, infectada por este vírus,
Casos pontuais de infecção por H1N1 não são raros no mundo. Mas é provável que algumas cepas desse vírus possam se propagar rapidamente em centros urbanos. Por causa dessa possibilidade, estes casos devem são observados com atenção, principalmente pelos centros mundiais de controles de doenças, como o CCD americano.
A possibilidade de pandemia é assustadora, porque o homem conhece muito pouco à respeito de determinados tipos de vírus, e menos ainda os seus mecanismos de mutação. O maior temor de muitos epidemiologistas é que algum tipo de vírus (como o H1N1, H5N1, Ebola, entre outros) adquira alguma mutação que o torne facilmente transmissível entre as pessoas. A sorte em relação ao H1N1 é que este parece ainda não ter se adaptado totalmente (até agora) aos organismos humanos, de tal maneira que seus surtos acabam sendo controlados sem muitos problemas, mesmo em países que não possuem um sistema de saúde e de combate à doenças eficiente, como o Brasil.
Não se sabe ao cento ainda como a natureza funciona. Mas alguns cientistas sugerem que as doenças podem ser um mecanismo de controle populacional. É interessante notar que em diversos casos de superpopulação animal, esta foi drasticamente reduzida por doenças que se espalharam rapidamente entre seus indivíduos, mas que não chegaram a extinguir a espécie afetada.
Se isto for verdade, é de se esperar para os próximos anos ou décadas que uma grave pandemia atinja a humanidade. O homem, nos últimos 2 séculos, desenvolveu uma ciência médica que o permite sobreviver à doenças que antes eram mortais. Então, a ferramenta de controle populacional natural, que tem grandes possibilidades de ser um vírus, vai ter que ser extremamente eficiente.
Por isso, o sobrevivencialista deve ficar muito atento a toda e qualquer notícia, por mais insignificante que possa parecer. Pois casos assim tem a possibilidade de se transformarem em algo que podem mudar a história da humanidade.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Sobre Mosquitos

Toda e qualquer pessoa minimamente sensata está a par do perigo que representa o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chicungunya, da zika e da síndrome de Guillain-Barré. E por isso, toma todas as medidas para eliminar todos os possíveis locais de reprodução, ou seja, que possam acumular água limpa e parada. De vasos de plantas a pneus velhos, tudo é devidamente guardado, tampado, ou esvaziado.
Mas, o que o cidadão precavido pode fazer quando alguns insensatos insistem em não tomar cuidados básicos? O poder público, mesmo com a autorização para invadir qualquer residência fechada para tomar as devidas providências, tem muito poucos fiscais e agentes de saúde para realizar essa imensa tarefa. Por mais cuidado que eu tome, se o vizinho não o fizer, todas as minhas precauções podem se tornar completamente inúteis.
Portanto todos nós, sobrevivencialistas ou não, devemos fazer de tudo para que essa séria ameaça não nos atinja. Devemos evitar casos como o da fotografia abaixo, seja denunciando, seja agindo por nós mesmos. Em caso de crise séria, por mais que nos preparemos, podemos vir a ser derrotados por algumas picadas de mosquito.
E, para finalizar, devemos ter em nossas preparações métodos para eliminar ou ao menos afastar os mosquitos. Repelentes ou outros produtos para combate ao mosquito podem ser uma boa opção. Mas lembre-se que nenhuma proteção é 100% eficiente...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Teoria Conspiratória: A Volta Aos Anos 70/80

É claro que não se pode voltar no tempo (pelo menos não com a tecnologia atual). Mas, no que diz respeito aos movimentos estratégicos e econômicos que temos visto ultimamente, parece que isto está realmente acontecendo, com algumas diferenças.
Então, vamos aos fatos:

Devido à erros na política econômica adotada no país nos últimos tempos, o Brasil parece estar perdendo o seu recém-atingido protagonismo econômico no mundo. Voltamos a ter um cenário de desemprego elevado (voltando à casa dos dois dígitos), inflação elevada (também na casa dos dois dígitos) e com uma população em um estado de apatia que não se via desde o início do regime militar, nos anos 60. A atual situação econômica mundial parece que vai nos levar novamente à um cenário de dependência em relação aos países capitalistas de sempre, e notadamente os EUA, especialmente com a iminente derrocada da economia chinesa.
Falando em China, ela, que foi o motor econômico mundial durante os últimos anos, está realmente perdendo força. E os investidores, percebendo isso, voltam suas economias para países historicamente mais seguros, como... os EUA e as grandes potências capitalistas europeias, como Alemanha, França, Itália e Inglaterra.
A situação no Oriente Médio volta a um patamar só visto nos anos 70 e 80. Dois dos mais influentes países da região. Irã e Arábia Saudita estão se estranhando, a ponto de cortarem relações diplomáticas entre si. Não chega a ser algo parecido com a guerra Irã-Iraque, mas já está influenciando nos preços do petróleo. A Arábia Saudita, que possui as maiores jazidas do minério e os menores custos de extração, está forçando o preço do petróleo para baixo, numa guerra econômica que tenta fazer com que o Irã e também a Rússia sofram com a diminuição de suas receitas oriundas das exportações deste produto. Tal atitude, embora prejudique alguns setores da economia americana, é vista com bons olhos, pois pode refrear o apetite armamentista russo.
Falando em armas, uma nova corrida armamentista parece ter sido inaugurada nos últimos anos. No campo convencional, assim como a antiga URSS fez durante muito tempo, os russos agora tentam (e conseguem) construir armas tão poderosas quanto as americanas. Caças invisíveis aos radares e mísseis de cruzeiro são dois dos principais itens em que os russos conseguiram se equiparar aos americanos (pelo menos teoricamente). No campo nuclear, embora (aparentemente) os países tenham congelado o desenvolvimento de dispositivos nucleares, o mesmo não pode se dizer da Coréia do Norte (que faz seus testes nucleares impunemente). A península coreana representa, embora em muito menor escala, algo que aconteceu à Alemanha após a Segunda Guerra Mundial. Um lado capitalista, apoiado pelos EUA e um lado comunista apoiado principalmente pela China, e de forma mais discreta, pela Rússia.
Diante de tudo isso, chegamos à Teoria Conspiratória desse post:

O que está acontecendo na geopolítica mundial hoje é causado pelos EUA e aliados para retomar o domínio planetário que tiveram no século passado?
Na verdade, os EUA até poderiam ampliar esses domínios pois hoje eles não teriam que lidar com a competição da antiga URSS e o comunismo. Até mesmo Cuba está, aos poucos, e por influência americana, se transformando num país capitalista. O último bastião comunista no mundo é a fechadíssima Coréia do Norte.
Será que os EUA estão maquinando a aniquilação econômica da China, da Rússia e do Brasil? Eu não duvidaria...
Que consequências isso poderá trazer para nós, habitantes do Brasil? Se voltarmos ao que éramos nos anos 80, é bem possível, por exemplo, que sejamos mais vulneráveis à "intervenções" americanas sob pretextos tão "sólidos" quanto a busca por "armas de destruição em massa" no Iraque.
Durante o período de vacas gordas na economia, o Brasil conseguiu fortalecer substancialmente as suas forças militares. Nenhum país na América do Sul tem helicópteros de ataque tão poderosos e em tão grande quantidade quanto o Exército Brasileiro. A aquisição de caças de 5ª geração, ainda mais com a transferência de tecnologia eleva o país à uma categoria que poucos países atingiram no mundo. Outras tentativas de nos fortalecermos foram sempre destruídas por causa das crises econômicas. E agora, parece que isso vai acontecer de novo... E a quem interessa um Brasil inofensivo?


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Novamente Sobre Coréia do Norte

Kin Jong-Un. Alguns o consideram um gordinho engraçado que comanda um regime ditatorial no pequeno país asiático. Mas, como um sujeito aparentemente insignificante, num país aparentemente insignificante, tem tanta influência no mapa geopolítico mundial, particularmente na vertente militar?

A situação da Coréia do Norte representa um desafio à lógica. Como, um país isolado, esmagado por sanções econômicas impostas por alguns dos países mais poderosos do mundo consegue desenvolver e testar armas que exigem um alto grau de conhecimento e tecnologia? E, apesar da proibição de testes nucleares em todo o mundo, eles não só o fazem, como ainda usam bombas cada vez mais poderosas? Porque as potências ocidentais não atacam as instalações nucleares norte-coreanas e poem fim ao risco de que este país continue a ser uma ameaça?
Os norte-coreanos tem, ao menos, um aliado de peso, que é a China. E este fato explica muita coisa. Atacar um aliado chinês poderia não ser uma ideia muito boa pois a maioria das potências que gostariam de acabar com a Coréia do Norte tem a China como seu principal parceiro comercial. Se uma ameaça de diminuição do crescimento chinês já assusta o mundo, o que aconteceria em caso de retaliação comercial chinesa?
Porém, a China engrossou o coro mundial dos que foram totalmente contrários ao teste nuclear coreano. Então, vamos imaginar que a China assumisse uma posição neutra em relação à um ataque ocidental ao país. Aí o risco seria de outra natureza.
Ao contrário do que se pensa, nos dias de hoje o maior perigo para os países próximos à Coréia do Norte, como Coréia do Sul e Japão, dois dos maiores países capitalistas do mundo, não seria os efeitos radioativos ou físicos de explosões nucleares em seu território (os norte-coreanos já tem mísseis que poderiam atingir essas áreas), mas sim o pouco citado efeito de PEMs gerados por explosões nucleares.
Nos anos 60, os americanos detonaram um artefato nuclear em órbita na Terra, sobre o Havaí, e os efeitos foram sentidos num raio de 1000 quilômetros. Deve-se perceber que na época, o mundo era muitíssimo menos dependente da eletrônica. É muito provável que os efeitos de um PEM, mesmo de dispositivos de baixa potência, numa explosão nuclear realizada na atmosfera nos dias de hoje podem vir a ser catastróficos. E de uma bomba de hidrogênio então...
Muitos analistas acreditam que tais explosões realizadas pela Coréia do Norte servem como um aviso para as potências ocidentais se manterem afastadas. Parece não ser a intenção norte-coreana usar estas armas de forma ofensiva. Mas, estes testes parecem ser também um ato de provocação deliberada. Mostra que, apesar das proibições e sanções, as grandes potências mundiais não tem o poder de impedir estes testes (não tem nem o poder de proteger a si próprias contra os ataques terroristas do Estado Islâmico). Para colocar ainda mais lenha na fogueira atômica, fica a seguinte indagação: Como estarão os iranianos no desenvolvimento de suas armas atômicas. Aparentemente, com os acordos assinados entre o país persa e potências como os EUA, eles paralisaram todo e qualquer desenvolvimento nuclear. Será mesmo? Seria delírio imaginar que a ruptura de relações diplomáticas entre o Irã e a Arábia Saudita poderia ter alguma influência sobre o processo nuclear iraniano (partindo do pressuposto de que tal coisa ainda exista)? Poderia a Coréia do Norte vender a sua tecnologia nuclear (talvez rudimentar, mas certamente mortal) para este mesmo Irã, de forma secreta? Poderiam ser iranianas as armas que a Coréia do Norte tem testado?
Seja como for, as armas nucleares hoje são muito mais poderosas que a 20, 30 anos. Não porque houve qualquer avanço neste tipo de armamento (na verdade, não parece ter havido desenvolvimentos importantes desde o começo da proibição dos testes nucleares), mas porque hoje a tecnologia é muito mais sensível aos efeitos de uma explosão nuclear. O seu valor como objeto de dissuasão aumentou muito.
Chegamos a um ponto em que umas poucas bombas nucleares, de alguns milhões de dólares cada, poderiam destruir trilhões e trilhões de dólares, sem matar ninguém (diretamente). Acho que os militares e estrategistas japoneses e sul coreanos já estão insones a muito tempo diante da possibilidade de a Coréia do Norte resolver atacá-los com explosões nucleares à distância... Imagine um Japão e/ou uma Coréia do Sul sem eletrônica, e o impacto de uma situação dessas na economia mundial...

Quanto aos analistas, que acham que os norte-coreanos nunca chegariam a cometer "suicídio" ao usar armas dessa natureza, peço encarecidamente que reconsiderem. Se eles se sentirem realmente acuados, como por exemplo, diante de um conflito armado com seu vizinho sul-coreano, eles não teriam escrúpulos (e nem saída). Fariam uso de suas bombas, se pudessem.
E as potências ocidentais devem dar graças aos céus por tais armas serem difíceis de produzir e de transportar de forma oculta. Imagine uma dessas nas mãos de homens com a mentalidade suicida de alguns terroristas...