Você está no seu carro, em uma estrada. De repente, perde o controle, capota e o carro rola uma ribanceira até parar, alguns metros abaixo. Depois do acidente, você está ferido, incapaz de sair dos destroços com suas próprias forças, mas está consciente. Então, várias pessoas se aproximam e você agradece porque logo vai ser regatado. Então, acontece algo que te surpreende:
As pessoas te ignoram e começam a roubar!. Levam seus pertences e partes ainda inteiras do que sobrou do seu carro. Chegam a te machucar ainda mais para levar seu celular e sua carteira. Você pede ajuda, e nada. Só com a chegada das equipes de socorro é que você finalmente é retirado do local do acidente.
Parece um pesadelo! Mas, infelizmente, este é um pesadelo real, e cada vez mais comum em estradas brasileiras. As pessoas estão perdendo a humanidade. O caso acima aconteceu com um amigo meu, há poucos dias, numa estrada no interior de Pernambuco, e o maior medo dele era que o carro começasse a pegar fogo, pois o cheiro de combustível era muito forte. Ele ficou preso, com fratura na coluna (ainda bem que não houveram sequelas motoras) e ninguém se dignou a, ao menos, ficar perto dele até que o socorro chegasse.
Saque a caminhão acidentado |
Basta fazer uma pesquisa rápida na internet para encontrar diversos relatos semelhantes. Houve até um caso nas estradas paulistas em que carros-forte foram atacados, os motoristas mortos e as pessoas retirando as cédulas de dinheiro que sobraram, sem o menor remorso.
Este tipo de situação serve para demonstrar o seguinte:
Se as pessoas já fazem o que fazem em uma situação normal, o que elas serão capazes de fazer em um cenário de crise? O que elas serão capazes de fazer se a água acabar, se a comida sumir, se a energia cair?
As situações acima foram realizadas por pessoas que não estavam inseridas num cenário de crise. Porém, a ausência de quaisquer formas de controle as levaram a fazer isto. Elas só se afastaram do local (levando, claro, tudo o que conseguiram saquear) do acidente ao verem a chegada das viaturas da Polícia Rodoviária Federal.
Seja como for, é assustador perceber que, mesmo fora de um cenário de crise, já existem situações cujo senso comum acredita que só ocorreriam em eventos extremos. Mais do que nunca, devemos estar preparados realmente para tudo! Não confiar em ninguém, evitar os maiores centros urbanos, ser extremamente discreto, entre outras, são atitudes que vão aumentar nossa possibilidade de sobrevivência não só numa crise, mas agora, na vida "civilizada"...