São vários roubos e assassinatos por dia, até mesmo em escolas, em plena luz do dia. O transporte público para de funcionar, pois ônibus são destruídos por incendiários. Uma pessoa é desmembrada. Tem sua cabeça e braços arrancados, enquanto os que praticam a ação contam piadas e dão gargalhadas. A situação do abastecimento de água é crítica, pois o reservatório que abastece a região está em situação crítica e as mudanças climáticas fazem com que chova cada vez menos. Há falhas frequentes de comunicação, principalmente em relação aos telefones celulares.
Parece enredo de filme ou documentário apocalíptico. Mas não é. Isso é o que tem acontecido na cidade onde moro, Campina Grande, Paraíba.
A sensação de medo é enorme. E, para completar, existem os irresponsáveis que usam as redes sociais para espalhar boatos que aumentam ainda mais o medo da população. Mas a verdade é que vivemos em uma situação em que o poder público está cada vez mais ausente, as forças de segurança são cada vez mais ineficazes e cada vez menos temidas. Uma entrevista do comandante do batalhão de polícia da cidade mostrou que simplesmente não há efetivo nem recursos para oferecer um mínimo de proteção aos cidadãos. Um relato de um policial que não quis se identificar mostrou que, para se fazer uma abordagem à veículos suspeitos ou ônibus, geralmente são usados apenas dois agentes, o que claramente é insuficiente.
Decididamente estamos no que pode-se chamar de um estágio Pré-SHTF.
A menos que chova muito, mas muito mesmo (o que é improvável, ainda mais em um ano de El Niño), e que haja uma completa e total reestruturação na maneira como se combate o crime, a situação só tende a piorar. E olhe que ainda há a questão da crise econômica atual...
Nenhum comentário:
Postar um comentário