Mas, como você armazena toda esta quantidade de informação?
Hoje em dia, tornou-se muito comum armazenar muita coisa na nuvem, ou seja, em servidores online. Isso permite que os arquivos sobrevivam a possíveis problemas que podemos enfrentar com computadores pessoais, tablets ou celulares, tais como falhas no hardware, no software, furtos, roubos, etc. No mundo normal, a nuvem é a melhor maneira de armazenar dados. Mas, e se enfrentarmos um cenário de crise que implique, por exemplo, em quedas de energia? Sabemos que a internet é extremamente dependente de eletricidade para funcionar (e, ultimamente, com cada vez mais sistemas de controle online, as redes de energia elétrica precisam da internet para funcionar, criando uma interdependência mútua). Todos os dados que armazenamos estariam totalmente fora do alcance na hora em que mais precisaríamos deles.
Nos resta então, a possibilidade de armazenar informações nos nossos próprios dispositivos. Abaixo segue uma lista de dispositivos, com suas vantagens e desvantagens do ponto de vista sobrevivencialista.
Notebooks: Até bem pouco tempo, os notebooks eram muito mais caros que um desktop de desempenho similar. Mas isto hoje não corresponde mais à verdade. Hoje existem notebooks, especialmente nas faixas mais baixas e intermediárias de preço, com desempenho similar à seus equivalentes de mesa. O notebook tem vantagens claras, tais como o tamanho, que possibilita o seu transporte em mochilas ou bolsas pequenas, e o fato de ter uma fonte de energia independente. Existem modelos (caros) cujas baterias podem fazê-los funcionar por 10, 12 horas. Mas, mesmo modelos mais em conta tem baterias que suportam mais de 6 horas de funcionamento. E, existem, por um preço bem acessível, carregadores para notebooks que usam energia solar, que podem ser conectados à entradas elétricas específicas de automóveis, ou até mesmo,usam energia muscular (dínamos). Outra vantagem dos notebooks é que eles possuem entradas USB, que podem receber pendrives e discos externos, para fins de backup e ampliação da capacidade de armazenamento de dados. A desvantagem de um notebook é a sua relativa fragilidade e, embora possua tamanho reduzido, ainda assim, em determinadas situações, pode ser difícil transportá-lo.
Notebook dos sonhos para sobrevivencialistas. |
Tablets: Os tablets são uma excelente opção para se armazenar informações. Embora, no geral, tenham menos poder de processamento que um notebook de preço similar, suas baterias tem uma duração tão grande quanto às dos notebooks mais caros, e são muito mais fáceis de transportar. Outra vantagem dos tablets é que eles podem ser utilizados facilmente em situações nas quais seria difícil ou impossível utilizar um notebook, como por exemplo numa caminhada. E, eles possuem diversos aplicativos que podem ser muito úteis, como por exemplo os de orientação e mapas. Mas eles não possuem muito espaço interno para armazenagem, mesmo aqueles que possuem entradas para cartões de memória (muito embora, este problema esteja rapidamente sendo sanado, pois já existem cartões de memória com 512 Gb de capacidade, o que é mais espaço do que possui boa parte dos discos rígidos de notebooks. Mas, ao menos por enquanto, trata-se de uma solução cara). Os cartões de memória porém, tendem a serem mais frágeis do que pendrives ou discos rígidos externos. E, da mesma maneira que os notebooks, suas baterias podem ser recarregadas de várias maneiras independentes da rede elétrica.
Esse tablet aguenta o tranco! |
Celulares (Smartphones): Eles são tão versáteis e possuem tanta capacidade de armazenamento de informações quanto os tablets. Uma vantagem importantíssima do celular é que, mesmo sem internet wi-fi ou sinal de telefonia móvel, com os aplicativos certos, eles podem ser usados para mandar e receber mensagens (embora com alcance bem limitado)! Em um cenário de crise, tal característica pode via a ajudar muito. Porém, duas baterias não duram muito em uso contínuo, muito embora possam ser recarregadas da mesma maneira que as opções acima.
O ideal era que o sobrevivencialista tivesse os três métodos de armazenar informações à disposição, e que as informações consideradas mais importantes estivessem replicadas nestes meios. Seria interessante também fazer backups destas informações em discos rígidos externos, pendrives e cartões de memória sobressalentes.
Uma outra maneira de armazenar informações pouco considerada nos dias de hoje é em papel. Embora este tipo de armazenagem não precise de quaisquer fontes de energia para se tornar acessível, não é algo que possa ser transportado com muita facilidade. Seria bom, de qualquer maneira, ter material impresso, para o caso de tudo o mais falhar. Dependendo do cenário de crise, todos os dispositivos eletrônicos possam vir a falhar (como no caso de pulsos eletromagnéticos gerados por explosões atômicas no espaço kkkkkk), embora isto seja bastante improvável. Mas, falando sério, eletrônicos podem falhar, de uma hora para outra. Numa crise, eles provavelmente não poderiam ser facilmente consertados. Ter informações impressas, ao menos as mais importantes, é mais uma medida de precaução.
Mas, a melhor, mais resistente e mais portátil maneira de guardar informação é o cérebro humano. Aprender o máximo sobre tudo que permitirá a sobrevivência em cenários de crise. E, embora existam sobrevivencialistas que tentarão a sorte sozinhos, fazer parte de um grupo e compartilhar informações será muito mais eficiente para perpetuá-las. Aí, os dispositivos acima seriam encarados como meros organizadores de informação, cuja perda não seria excessivamente prejudicial.
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