Antes de mais nada, fazia um bom tempo que não tinha tempo para escrever sobre temas sobrevivnecialistas. A luta para sobreviver e pagar as contas em um país como o Brasil toma muito, mas muito tempo.
Mas, voltando ao tema em si, há duas semanas tivemos aqui na cidade onde eu moro uma queda de energia, que durou, em alguns bairros da cidade, cerca de meia hora. Até aí tudo bem, pois isto às vezes acontece. O problema foi a causa da falha,
Um sujeito, com problemas mentais, entrou em uma das subestações de distribuição de energia elétrica da cidade, ao tentar roubar cabos de energia, que estavam carregados eletricamente, causou um curto-circuito, que desativou a rede elétrica. Esta pessoa recebeu uma descarga de milhares de volts, e infelizmente, não resistiu.
Este episódio demostra a imensa fragilidade dos sistemas que mantêm nossa sociedade em funcionamento, especialmente num país como o nosso. É inacreditável que uma pessoa consiga entrar em uma subestação de energia sem nenhum impedimento. Igualmente inacreditável é a falta de um sistema de gerenciamento de falhas mais eficiente.
Tal acontecimento transmite a sensação de que, se pessoas mal-intencionadas quiserem, elas podem entrar em subestações de energia, adutoras, instalações de distribuição de gás, dentre outras, e interromper esses serviços para atingir seus objetivos escusos, ou simplesmente para promover o caos.
Imagine uma situação hipotética, na qual um grande grupo criminoso entre em uma subestação dessas, coloque cargas explosivas nos transformadores e, a partir daí, passe a chantagear o governo. Parece enredo de filme de ação, mas é algo que não exigiria grandes esforços. Afinal, frequentemente, grupos armados munidos de explosivos tem tocado o terror em cidades Brasil afora, explodindo agências bancárias e carros-forte.
Estas instalações deveriam estar bem protegidas por forças policiais e o acesso a elas severamente controlados. A forma negligente com que se trata estas instalações vitais para a sociedade é algo realmente criminoso, que pode trazer o caos à grandes e pequenas cidades.